Os voluntários do Solar do Mimo, centro de acolhimento temporário de crianças e jovens em risco, preparam-se para uma viagem até à Polónia para ir buscar 20 menores. A iniciativa conta com o apoio da autarquia local, que disponibilizou a antiga escola primária de São Martinho para ser a nova casa destas crianças.
A iniciativa partiu do Solar do Mimo, organismo que existe desde 2000 para dar resposta ao acolhimento temporário de crianças e jovens em risco.
“É uma Instituição Particular de Solidariedade Social, onde os meninos são encaminhados pelo tribunal ou pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens, vítimas de todo o tipo de maus tratos. Neste momento, temos 14 crianças com idades entre os três e os 18 anos”, refere a enfermeira Eugénia Rainha, 45 anos, especialista em pediatria e voluntária do Solar do Mimo desde 2007.
A profissional de saúde vai seguir no autocarro com direção à Polónia para trazer 20 crianças órfãs. Mas antes, organiza os donativos de particulares e empresas que chegam à antiga escola primária.
“Estamos a ultimar algumas obras, nomeadamente nas casas de banho, com mais bases de duche. Aqui será uma sala, uma copa, e os quartos, três em cada um dos dois pisos, mais ou menos já organizados, com donativos de empresas, particulares. Fica uma família no andar de baixo e outra no andar de cima”, aponta, salientando que “a casa tem aquecimento central e têm uma área de estudo, para continuarem a ter aulas via internet e depois serão integrados.”
Crianças e famílias de acolhimento estão em Lviv
São os últimos retoques necessários para que uma antiga escola primária se torne definitivamente numa casa. O berço já está colocado num dos quartos à espera de quem vai chegar.
“Este berço é para a criança mais pequenina que iremos receber, que tem 1 ano”, conta Eugénia Rainha, à medida que coloca a roupa de cama.
São meninos órfãos que viviam numa instituição e que, entretanto, foram acolhidos por duas famílias, uma acolheu 9 meninos e outra 11. Estas crianças já estavam integradas em famílias de acolhimento. Estavam em Donetsk e agora estão em Lviv, num centro de acolhimento de emergência e estão à espera que cheguemos à Polónia, eles têm entre 1 ano e os 18 anos”, revela.
Texto e Foto: Liliana Carona/RR
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