terça-feira, 10 de abril de 2018

O "Brunismo" partiu-se, mas ainda não quebrou. Resistirá?

P
 
 
Enquanto Dormia
 
David Dinis, Director
 
Bom dia! 
Estas são as notícias desta madrugada:

A Rússia diz que “não existiu ataque químico” em Douma. No início da reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, o embaixador russo falou da "falta de provas" e alertou os países ocidentais para “graves consequências” caso avancem com intervenções militares contra Assad. A Casa Branca decide nas próximas horas, mas responsabiliza o Kremlin e admite avançar com uma ofensiva armada.
O FBI fez buscas ao escritório e casa do advogado de Trump. Em causa pode estar, para além de pagamentos a uma ex-actriz porno, uma fraude bancária no financiamento da campanha presidencial de Donald Trump, garante o Washington Post. O New York Times diz que o Presidente ficou "em fúria", falando num "ataque ao país".
Zuckerberg promete "proteger eleições em todo o mundo". O fundador do Facebook está a caminho de Washington, para ser ouvido sobre o papel da rede social na política. Mas a câmara dos representantes já partilhou a sua segunda intervenção, na quarta-feira. A defesa dele vai ser assim.
O principal accionista do Sporting pediu uma reunião de emergência. E com um recado direitinho para Bruno de Carvalho. Hoje, o jornal O Jogo diz que o favorito para o lugar se chama Luís Figo. O Record fala antes de Rogério Alves. Mas o futuro do Sporting vai de novo ser decidido pelos sócios, numa assembleia-geral. Já volto ao tema, mais abaixo.

O que marca o dia

Mais uma divisão no Montepio: as listas derrotadas pela equipa de Tomás Correia nas últimas eleições para a liderança da Associação Mutualista Montepio Geral estão em conversações para encontrar uma alternativa única ao actual presidente - e que inclua também dissidentes da equipa de gestão em funções. A dúvida é se a união chegará para vencer.
Um anúncio de ruptura na Educação: os sindicatos dos professores anunciaram uma manifestação nacional, para exigir a contagem das carreiras congeladas durante nove anos.
E uma mudança que chegará mais tarde: o programa de matemática vai mudar, mas ainda não vem em Setembro. O presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática acha que vai dar mau resultado.
Outra crítica à esquerda: se Centeno avisava que vai manter o rigor, Catarina alerta que é preciso "manter o espírito de negociação". Durante a noite, também Jerónimo se mostrou contra uma meta mais apertada para o défice. Para já, isto é o que sabemos sobre o programa de estabilidade (segundo o ECO).
... E agora uma dos autarcas: a Norte, eles recusam a reprogramação de fundos proposta pelo Governo.
Mais (más) notícias do SNS: o JN diz que, na oncologia pediátrica do São João, há crianças tratadas nos corredores e esperas de cinco horas em ambulâncias. Já o DN, anota que cerca de 100 mil doentes têm de esperar um ano por uma consulta de especialidade (três anos, se olharmos para Aveiro).
Um alerta no arrendamento: há 100 mil famílias em risco de ver a renda triplicar, por acabar o travão à subida de rendas em 2020. O lembrete vem no DN.
E um aviso sobre automóveis: as marcas estão a guardar os modelos mais limpos para 2019 e 2020.

Ler devagar

1. O "brunismo" partiu-se, mas ainda não quebrou. Depois de ouvir assobios em Alvalade, o presidente do Sporting deixou o Facebook e pediu uma Assembleia Geral para que os sócios “leoninos” digam o que pensam. Em apenas dois meses, BdC passou de um presidente eleito "à coreana" para um líder que vê alguns apoiantes a pedir a sua saída. O Marco Vaza conta o que se passou e mediu-lhe os apoios que restam. Chegarão para resistir? 
2. A eleição na Hungria deixou céu nublado na Europa. "A União Europeia já foi um poderoso exportador de democracia e de estabilidade, porque funcionava como o clube a que toda a gente queria pertencer. Hoje, é um importador de instabilidade. Precisa de redefinir rapidamente aquilo que quer ser no futuro". A análise é da Teresa de Sousa.
3. As eleições no Brasil serão muito violentas". Lincoln Secco é professor de História Contemporânea na Universidade de São Paulo, no Brasil. Em entrevista ao PÚBLICO, diz que sem Lula da Silva a esquerda tem poucas hipóteses de vencer as presidenciais e que nem este conseguiria reconciliar o país. E arrisca uma previsão: "O próximo Presidente terá pouca legitimidade".
4. O osso de um dedo indica outro caminho do Homo sapiens. Uma falange de um dedo da mão, com 3,2 centímetros de comprimento, será o suficiente para ajudar a confirmar uma nova história da expansão da espécie humana. É o mais velho vestígio de um Homo sapiens encontrado fora de África, explica-nos a Andrea Cunha Freitas.

A agenda de hoje

O ministro da Educação vai ao Parlamento, um dia depois da Fenprof ter anunciado uma manifestação de professores. O presidente da NOS também, mas para falar sobre a proposta de compra da TVI. Numa outra comissão, os deputados continuam a votar a nova lei da transparência, alínea a alínea.
Em Londres, António Costa vai a Downing Street, para falar com Theresa May sobre o pós-Brexit e a relação entre os aliados. Enquanto Donald Trump deve decidir o que fazer a Assad, depois dos ataques com armas químicas em Douma.
Por hoje é tudo.
Que, apesar da chuva, o dia seja feliz e produtivo.
Até amanhã!

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