sexta-feira, 12 de abril de 2019

Figueiró dos Vinhos | CÂMARA MUNICIPAL DE FIGUEIRÓ DOS VINHOS DEIXA MAIS UM CALOTE PARA OUTROS PAGAREM


mais um empréstimo para pagar só daqui a 15 anos

A Câmara Municipal de Figueiró dos Vinhos  aprovou, na reunião de 10 der abril de 2019, mais um  empréstimo para pagar, só daqui a 15 anos, a parte que lhe cabe nas obras da Sonuma. Não está aqui em causa o empréstimo em si, mas o prazo de 15 anos. Serve a propaganda para dizer que se fez obra; serve a inauguração com pompa e circunstância e serve a esperança de tentar ganhar algum dividendo político com isso. Serve tudo isto, mas omite que é uma divida e um calote que se deixa para as gerações seguintes pagarem.   Realmente, é obra!

A posição do PSD é clara.
Veio à reunião de câmara, para aprovação, a proposta de deliberação nº 35/2019 que em síntese e na prática propõe que a Câmara Municipal contraia um empréstimo para pagar a parte que lhe cabe (343.488,31 euros) das obras do Complexo Empresarial Sonuma por um prazo de 15 anos (2 anos de carência + 13 anos de amortização).

É a segunda vez que o executivo PS apresenta uma proposta de empréstimo a 15 anos.  Já o fez na reunião de câmara de 12 de setembro de 2018 com o Vale da Pipa (122.821,31 euros) e fá-lo agora com a Sonuma. Só estes dois empréstimos são quase meio milhão de euros que ficam para outros pagarem.

Vale a pena, mais uma vez, lembrar que o PS tem um histórico nesta matéria. O Partido Socialista tem no passado recente, na Assembleia Municipal e na Câmara, tomado posições contrárias a empréstimos com prazos longos. Na Assembleia Municipal, com executivos PSD, o PS sempre se manifestou, votando contra, os empréstimos por prazos mais longos, argumentando que não se devia fazer divida para os vindouros pagarem.

Na Câmara e aquando da contratação do empréstimo para o Saneamento Financeiro, o Vereador socialista Jorge Abreu inviabilizou uma proposta, apresentada pelo executivo PSD da altura, de um empréstimo por doze anos com o argumento de que o tempo era muito longo e que o empréstimo deveria ser pago por quem o contraiu e no tempo previsto de exercício de funções.

É, pois, com espanto que assistimos à sua segunda pirueta de 360 graus nesta matéria. O que era mau nos anteriores mandatos é agora bom.  Na altura o pagamento do empréstimo tinha de ser feito por quem o contraiu, agora pode ser adiado para as calendas gregas e outros que o paguem. 

Esta proposta é, pois, de uma incoerência gritante, mas para o PS tem os seus méritos. Cumpre os objetivos de curto prazo, isto é:  serve a propaganda para dizer que fez obra; serve a inauguração com pompa e circunstância e serve a esperança de tentar ganhar algum dividendo político com isso. Serve tudo isto, mas omite que é uma divida que se deixa para as gerações seguintes pagarem. Realmente, é obra.

A posição do PSD relativamente a esta matéria é simples e clara. Reprovamos e distinguimo-nos claramente desta forma de estar incoerente e contraditória. Não faremos aquilo que o PS fez no passado recente por mero tacticismo político prejudicando com isso o Município e os Figueiroenses. Consideramos que sendo o financiamento uma opção a considerar não seremos nós a inviabilizar o financiamento, mas tem de ser o Partido Socialista a assumir a sua própria incoerência e a opção de continuar a deixar divida e uma herança que onera os mandatos e as gerações futuras.

A nossa maneira de ser e de estar na política é diferente. Primeiro Figueiró dos Vinhos. Primeiro as Pessoas. Viabilizaremos, assim, com a nossa abstenção a proposta agora apresentada, mostrando com isso o quanto nos distanciamos dos tacticismos políticos que tanto prejudicaram e prejudicam o nosso concelho e as suas gentes.

Figueiró dos Vinhos, 12 de abril de 2019
PSD - Partido Social Democrata de Figueiró dos Vinhos

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