sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Mais de dois terços dos portugueses defendem vacinação obrigatória contra Covid-19

Estudo da Deco revela que maioria dos portugueses concordaria em tornar a vacina contra a Covid-19 obrigatória para os adultos.

Numa altura em que alguns países começam a tornar obrigatória a vacina contra a Covid, o Governo português já deixou claro que não pretende avançar com essa medida. Contudo, um estudo feito pela Deco mostra que a maioria da população concordaria com a obrigatoriedade de vacinação dos adultos, sobretudo quando se trata de profissionais de saúde ou pessoas que lidem diretamente com o público.

De acordo com o estudo revelado esta sexta-feira, feito em conjunto com as associações de consumidores de Espanha, Itália e Bélgica, 67% dos portugueses consideram que a vacina contra a Covid devia ser obrigatória nos adultos. A percentagem aumenta para 79% quando se trata de vacinar obrigatoriamente profissionais de saúde e que prestem assistência, funcionários de escolas e universidades e trabalhadores dos serviços públicos.

Contudo, no universo de 976 inquiridos, com idades entre os 18 e os 74 anos, ainda restam algumas dúvidas: a vacinação dos menores de idade. Neste ponto, apenas 52% dos inquiridos são a favor de tornar a vacina obrigatória para crianças e jovens entre os 12 e os 17 anos, sendo que uma percentagem ainda mais baixa (42%) concorda com a obrigação da vacina em menores de 12 anos.

Vacinação obrigatória à parte, há outras preocupações entre os portugueses, sobretudo no que diz respeito à escassez de vacinas e testes nos países em desenvolvimento: seis em cada dez inquiridos vacinados ou com a vacina marcada mostram-se preocupados com estes temas.

Entre os não vacinados, estender a indicação do uso da vacina a crianças com menos de 12 anos e ter de tomar novas doses da vacina todos os anos são os aspetos que mais preocupam. À pergunta “porque é que ainda não foi vacinado ou porque é que não o vai fazer?”, 41% dos inquiridos não inoculados responderam que não acreditavam na eficácia da vacina. Apenas 38% não confiam no processo de fabrico e de aprovação da vacina.

ECO

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