Os deputados começam hoje o debate na especialidade do Orçamento do Estado
para 2016 (OE2016), dando início a três dias de discussão e tendo os partidos
apresentado mais de 200 propostas de alteração no seu conjunto.
Depois de na sexta-feira ter terminado o prazo para que os diferentes
grupos parlamentares apresentassem propostas de alteração ao OE2016, iniciam-se
hoje as discussões tanto da proposta de lei apresentada pelo Governo como das
propostas de alteração.
O partido que apresentou mais propostas de alteração foi o PS, com mais de
60 entradas, seguindo-se o BE (com pouco mais de 50), o PAN (cerca de 30), o
PCP (com 29), o PEV (com 16) e o CDS (com 14).
Pelo grupo parlamentar do PSD não entrou qualquer proposta de alteração,
tendo no entanto os três deputados eleitos pela Madeira apresentado 12
propostas de alteração.
O PS garantiu que as suas propostas de alteração "não têm um impacto
financeiro e salvaguardam o equilíbrio das contas públicas" e manifestou
também abertura para aprovar algumas das alterações pedidas, inclusive pelo
CDS-PP.
Entre as propostas apresentadas pelo BE estão as iniciativas relativas aos
aumentos de Complemento Solidário para Idosos (CSI), ao abono de família, ao
alargamento da tarifa social de energia, à manutenção das amas familiares
enquadradas pela Segurança Social e também outras oito relacionadas com pessoas
com deficiência.
Do lado do PCP, entre as propostas de alteração à lei orçamental estão
algumas medidas relacionadas com desempregados, os manuais escolares, a redução
da taxa máxima de IMI e a reversão de Parcerias Público-Privadas.
Os Verdes querem que a isenção de IMI deixe de estar condicionada à
inexistência de dívidas ao fisco ou à Segurança Social mas também que a
aquisição de bicicletas tenha IVA a 13% e que o leite sem lactose passe a
constar do programa de leite escolar.
O partido Pessoas, Animais e Natureza (PAN) defende a dedução das despesas
com animais no IRS ou o fim do pagamento de portagens para carros elétricos,
bem como a introdução de várias deduções em sede de Imposto sobre o Rendimento
de pessoas Singulares, nomeadamente com encargos com animais e para promover a
sustentabilidade ambiental.
Finalmente, o CDS-PP avançou com algumas propostas simbólicas de alteração,
que "sinalizam um caminho diferente", como a eliminação do aumento do
imposto sobre combustíveis.
A proposta de OE2016 foi aprovada na generalidade a 23 de Fevereiro com os
votos favoráveis do PS, do Bloco de Esquerda (BE), do PCP e partido ecologista
'Os Verdes' (PEV), com a abstenção do PAN e com votos contra de PSD e CDS-PP. A
votação final global está agendada para 16 de Março.
Fonte: Lusa
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