Um combatente do Estado Islâmico (EI), capturado pelas forças especiais dos Estados Unidos no Iraque na semana passada, é especialista em armas químicas deste grupo jihadista.
A captura deste combatente foi confirmada na semana passada por um funcionário americano, que disse que o interrogatório produziu "bom material".
O combatente do EI foi capturado por forças especiais que o Pentágono enviou recentemente ao Iraque para realizar operações contra o EI. Atualmente, o homem está detido no Iraque, segundo um dos oficiais.
Segundo a CNN, o Exército americano realizou ataques aéreos contra "objetivos que acredita serem fundamentais para o programa de armas químicas do EI". A NBC revela que funcionários da Defesa identificaram o prisioneiro como Suleiman Daud al Afari, um especialista em armas químicas e biológicas que no passado trabalhou para o regime iraquiano de Sadam Hussein.
O porta-voz do Pentágono, Jeff Davis, não confirmou a captura de um especialista do EI em armas químicas, mas admitiu que "o EI utilizou armas químicas em várias ocasiões no Iraque e na Síria".
Fontes ligadas à Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) confirmaram no mês passado o uso de gás mostarda em combates no norte do Iraque em agosto, mas não culparam diretamente o EI. A organização também confirmou o uso de gás mostarda em 21 de agosto na cidade de Marea, na Síria.
Condenado por colaborar com o EI
Também esta semana, os Estados Unidos condenaram na Justiça um ex-membro da Força Aérea por tentar fornecer material de apoio à organização Estado Islâmico. Tairod Pugh, de 48 anos, é o primeiro indivíduo condenado após julgamento nos EUA por tentar viajar para juntar-se ao EI, informou a Procuradoria Federal de Nova Nova Iorque.
Pugh foi detido a 16 de Janeiro de 2015, no estado vizinho de Nova Jérsia. O réu pode ser condenado a até 35 anos de prisão. A sentença deve ser anunciada no final do ano.
Segundo a procuradoria, o ex-membro da Força Aérea tentou integrar o EI no início de 2015, viajando do Egito para a Turquia, com a intenção de entrar na Síria. As autoridades turcas negaram-lhe o ingresso no país e enviaram-no de volta ao destino anterior. Pouco depois, as autoridades egípcias deportaram Pugh para os Estados Unidos, onde foi detido.
Também foi apreendido o material que reforça a acusação contra Pugh, incluindo um computador com 180 vídeos "jihadistas" e com informação sobre os postos fronteiriços entre a Turquia e a Síria. Pugh converteu-se ao Islão em 1998. Trabalhou como especialista em sistemas de instrumentos de aviação na Força Aérea americana e, depois, em diversas companhias nos EUA e no Médio Oriente.
Fonte: AFP
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