terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Ordem dos Médicos do Centro contra proposta de aumento da idade máxima para trabalhar nas urgências

Proposta de aumento da idade máxima para trabalhar nas urgências:
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Ministério da Saúde quer resolver grave problema das urgências com medidas avulsas
A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos repudia categoricamente o aumento de 10 meses à idade de dispensa de trabalho dos médicos em contexto de serviço de urgência no Serviço Nacional de Saúde, intenção preconizada pelo atual ministro da Saúde. O Governo pretende rever o atual limite de 50 anos para trabalho nas urgências noturnas e 55 anos para o desempenho diurno no serviço de urgência mas tal demonstra “a  total incapacidade para elaborar um plano de reestruturação das urgências”, declara o presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos.
Carlos Cortes assume que “as medidas tipo “penso rápido” podem resultar bem nas intervenções públicas mas não passam de medidas avulsas, inconsequentes e incapazes de resolver os graves problemas do Serviço Nacional de Saúde”. Acrescenta ainda: “Após o caos nas urgências durante o pico da gripe e a total incapacidade do Ministério da Saúde para o resolver, perante a falta de um plano para reestruturação das urgências e da rede de urgência, face à ausência de articulação entre os cuidados de saúde primários e hospitalares, a tutela quer agora adiar a idade para dispensa no serviço de urgência demonstrando um profundo desconhecimento das dificuldades que afetam os recursos humanos num local de elevado risco e de intenso desgaste físico e psicológico”.
Alerta o presidente da SRCOM: “O atual Ministério da Saúde está a delapidar todas as oportunidades de reforma e reestruturação deste sector, ignorando a sua complexidade e desconhecendo o seu funcionamento no dia-a-dia.” Conclui Carlos Cortes: “O ministro da Saúde, ao admitir esta hipótese na última audição da Comissão Parlamentar de Saúde, está a demonstrar que está completamente desfasado da realidade das urgências do serviço público de saúde e, por outro lado, a desvalorizar os riscos associados a esta revisão do limite de idade, quer para os médicos quer para os utentes”.

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