quinta-feira, 11 de maio de 2017

Venezuela: Jovens atiram fezes a militares em protesto pela crise económica

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As forças militares responderam com gás lacrimogéneo às manifestações. A oposição diz que as autoridades estão a negar uma solução para a crise venezuelana ao adiar um referendo, adiar as eleições locais e recusar-se a antecipar as eleições presidenciais de 2018.
Um grupo de jovens manifestantes venezuelanos lançaram garrafas e sacos com fezes contra militares para bloquear a mais recente marcha em mais de um mês de protestos contra o presidente Nicolás Maduro, segundo a agência Reuters. As cenas impressionantes, que aconteceram esta quarta-feira (10), naquela que foi apelidada de “Marcha da Merda” na principal via de Caracas, ocorreram quando milhares de partidários da oposição voltaram às ruas para denunciar a crise económica e exigir novas eleições.
As forças militares responderam com gás lacrimogéneo. “Esses jovens vivem numa ditadura, não têm outra opção senão protestar como quiserem”, disse Maria Montilla, de 49 anos. Muitos carregavam pedras e os chamados “coquetéis cocotovs” – frascos cheios de fezes – que atiravam quando as tropas da Guarda Nacional bloqueavam o caminho, disparavam gás e canhões de água à multidão.
O caos de quarta-feira em Caracas fez outra vítima. Miguel Castillo, de 27 anos, foi morto durante os protestos. Com agitações em várias partes da Venezuela, houve também outra morte na cidade andina de Mérida. O mototaxista Anderson Dugarte, de 32 anos, morreu na quarta-feira depois de ter sido baleado na cabeça durante um protesto.
Pelo menos 39 pessoas morreram desde o início das manifestações em abril, incluindo manifestantes, simpatizantes do governo, observadores e forças de segurança e outras centenas ficaram feridas ou foram presas. Maduro diz que os adversários estão à procura um golpe com o apoio dos Estados Unidos.
A oposição, que goza de apoio maioritário depois de anos à sombra do Partido Socialista, diz que as autoridades estão a negar uma solução para a crise venezuelana ao adiar um referendo, adiar as eleições locais e recusar-se a antecipar as eleições presidenciais de 2018. Já o governo acusa a oposição de violar os tratados internacionais sobre armas biológicas e químicas ao lançar fezes contra as forças de segurança.
Fonte: Jornal Económico com agência Brasil
Foto: Reuters

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