terça-feira, 20 de março de 2018

SAÚDE Autoridades dizem ter iniciado estudo sobre risco em dádivas de sangue

Resultado de imagem para SAÚDE Autoridades dizem ter iniciado estudo sobre risco em dádivas de sangue
Comunicado conjunto foi emitido depois de o PÚBLICO noticiar atraso no início do estudo e ausência de metodologia definida. Instituto Ricardo Jorge alega que não há atraso.

“Está concluído em relação às duas primeiras fases” o estudo do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (Insa) sobre se a dádiva de sangue por pessoas homossexuais e bissexuais faz aumentar a probabilidade de colheita de sangue contaminado com o VIH/sida ou outras infecções sexualmente transmissíveis, disseram na segunda-feira à tarde, em comunicado conjunto, a Direcção-Geral da Saúde (DGS), o Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) e o Insa.

“Qualquer estudo de investigação pressupõe o cumprimento e observância de procedimentos que devem sempre ser acautelados sob pena de comprometimento do trabalho em causa e que devem ter em conta quatro fases distintas: revisão da literatura; planeamento do estudo; recolha de informação; análise e reporte da informação”, informaram, acrescentando que a terceira fase terá início “brevemente”




O comunicado surgiu no dia em que o PÚBLICO noticiou que o estudo deveria ter começado há um ano, de acordo com informação dada à Assembleia da República pelo Ministério da Saúde em 24 de Fevereiro de 2017, e que ainda não tem metodologia definida, segundo o assessor de imprensa da Insa, Nuno Crespo.

“Está concluída a fase de pesquisa e planeamento do estudo”, disse o assessor ao PÚBLICO na semana passada. Acrescentou que estaria “a decorrer o processo de análise e discussão das opções a tomar” em termos de “metodologia, implementação, cronograma e avaliação de custos”. A afirmação pode ser interpretada como uma confirmação do atraso. O presidente do Insa, contactado na semana passada, não esteve disponível para falar sobre o assunto.

Também há alguns dias, o PÚBLICO contactou a DGS e o IPST, pedindo-lhes esclarecimentos sobre o estudo, mas não obteve resposta a perguntas que enviou por escrito. O Ministério da Saúde disse na sexta-feira não ter comentários a fazer em relação ao atraso e remeteu para o Insa.

O estudo, identificado no comunicado com o título “Estudo sobre Comportamentos de Risco com Impacte na Segurança do Sangue e na Gestão de Dadores: Critérios de Inclusão e Exclusão de Dadores por Comportamento Sexual”, é executado e coordenado pelo Insa, por indicação da tutela, e resulta da norma clínica da DGS com o número 009/2016.

“Um dos trabalhos a desenvolver no âmbito deste estudo, que se reveste de elevada complexidade, necessita de informação referente ao primeiro ano após a implementação da revisão da norma, período esse que terminou há apenas cerca de um de mês”, justificaram as entidades.

O comunicado respondeu ainda a dúvidas sobre uma reunião de trabalho, também noticiada na segunda-feira pelo PÚBLICO, entre DGS, IPST e Insa, de que deu conta o assessor Nuno Crespo, a qual poderia contrariar a informação dada pela tutela à Assembleia da República de que “ficou decidido que nem a DGS nem o IPST” integrariam a equipa responsável pelo estudo “por uma questão de salvaguarda da independência” deste processo.

“O trabalho de investigação em causa procurará dar resposta a perguntas de investigação formuladas pela DGS e pelo IPST, pelo que é normal a existência de reuniões de acompanhamento entre os promotores do estudo e o instituto, situação esta que não coloca em causa a imparcialidade e independência do estudo”, lê-se.

Fonte: Público

Amanhã não fique indiferente… o próximo pode ser um de nós no dia seguinte!

Apresentação do Mapa de Sessões de Colheitas de Sangue a realizar no ano de 2018 no Posto Fixo da ADASCA em Aveiro

Todas as formas de divulgação 
possíveis são bem-vindas!

Nenhum comentário:

Postar um comentário