quarta-feira, 29 de maio de 2019

Cantanhede | Em 25 de maio Embaixador de S. Tomé veio a Cantanhede à apresentação do seu último livro



O embaixador de S. Tomé e Príncipe em Portugal e Marrocos, Luís Guilherme D’Oliveira Viegas, esteve em Cantanhede na apresentação editorial de "Cancioneiro da Música Popular São-tomense - Butá Kloson Ba Lônji", o seu mais recente livro. No auditório do Centro Paroquial de Cantanhede, em 25 de maio, a obra foi apresentada por Albertino Bragança, também ele embaixador e escritor são-tomense, que acompanhou o autor na mesa de honra, juntamente com o presidente da Assembleia Municipal de Cantanhede, João Moura, em representação do Município, e com o cônsul honorário de São Tomé e Príncipe, José Diogo.
Editado em português e crioulo "santomé", "Butá Kloson Ba Lônji" aborda o surgimento dos grupos musicais são-tomenses nos anos 60 do séc. XX, destacando-lhes as notas compromissórias, marcadamente de intervenção política, como meio aglutinador e sensibilizador do povo são-tomense para a luta de libertação do país.
Na apresentação do livro, Albertino Bragança enalteceu o árduo trabalho de recolha vertido numa narrativa que suscita “um sentimento de deliciosa e profunda comunhão com os valores marcantes da minha cultura, da cultura santomense”. Numa abordagem com alusões a referências históricas marcantes da música popular de S. Tomé e Príncipe, o embaixador classificou o livro de Luís Guilherme D’Oliveira Viegas como “uma obra a todos os títulos importante, um notável tributo de reflexão e respeito pelo acervo cultural do povo santomense, forjado, como se sabe, por um profundo caldeamento de povos, culturas e civilizações díspares e muito marcado pelas também profundas alterações que ocorreram na estruturação dos grupos sociais do país com o regresso dos portugueses, no início do século XIX”.
Por seu lado, o autor falou “do sentimento de grande responsabilidade com que abraçou o projeto de registar em livro a riqueza cultural do maravilhoso património cultural de S. Tomé e Príncipe. Luís Guilherme D’Oliveira Viegas destacou a propósito “as letras impregnadas de conteúdos e mensagens veladas que não poderiam expressar claramente, recorrendo ao discurso metafórico para alcançar as suas pretensões, de modo a contornar as vicissitudes vividas antes da autonomia e independência política e administrativa do país”.
Na sessão interveio também João Moura, que na qualidade de presidente da Assembleia Municipal, deu as boas vindas aos diplomatas são-tomenses e lembrou “as salutares relações institucionais existentes desde há muitos anos entre o Município de Cantanhede e a República de São Tomé e Príncipe, como aliás tem sido visível na Expofacic, mas também em algumas ações de cooperação”.


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