Para além dos contratos relativos à Área de Acolhimento Empresarial e à Ligação do PEC ao IC2, nos próximos dias será assinado o referente à nova ligação rodoviária entre Águeda e Aveiro
O Município de Águeda cativou investimento de fundos europeus para três projetos “determinantes para o desenvolvimento e crescimento do concelho”, em concreto o Eixo Rodoviário Águeda-Aveiro, a Área de Acolhimento Empresarial e a ligação do Parque Empresarial do Casarão (PEC) ao IC2, num total de mais de 66 milhões de euros, que vêm “capacitar e fazer justiça a Águeda, aos seus empresários e à população”, disse Jorge Almeida, Presidente da Câmara Municipal.
Os contratos de financiamento relativamente aos últimos dois foram assinados, terça-feira, numa cerimónia que decorreu no Centro de Artes de Águeda e que contou com a presença da Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa; da presidente da CCDRC, Isabel Damasceno; dos secretários de Estado Carlos Miguel e Isabel Ferreira; e em representação da Estrutura de Missão do PRR, Conceição Carvalho.
A Área de Acolhimento Empresarial, que vai tornar o PEC num parque empresarial de nova geração, envolve uma candidatura aprovada de mais de 20 milhões de euros, e que se traduz na “maior candidatura e maior financiamento alguma vez atribuído a Águeda. E nós vamos aplicá-lo muito bem, com todos os nossos parceiros”, sublinhou Jorge Almeida.
Com esta verba, financiada a 100% pelo PRR, a Câmara vai instalar painéis fotovoltaicos e uma estrutura de armazenamento de energia para autoconsumo, bem como a infraestruturação de uma ilha de qualidade de serviço e estabilidade energética (que permitirá criar um sistema de redundância, mitigando os constrangimentos existentes no fornecimento de energia elétrica e a resolução das micro cortes), a instalação de sistemas partilhados de abastecimento elétrico de veículos ligeiros e pesados e ainda melhorar a cobertura de comunicações móveis no PEC, com ligação de fibra ótica, bem como a instalação de contentorização, torre de comunicações 5G e antenas.
Vai ainda ser criada a Comunidade de Energia Renovável (CER), que vai reunir um conjunto alargado de parceiros ligados ao PEC e à energia, e vai ser estabelecido um sistema integrado de gestão contra incêndios com a criação de uma equipa de prevenção e primeira intervenção, que prestará apoio ao dispositivo do sistema de proteção civil.
O segundo contrato assinado refere-se à ligação do parque ao IC2, que implica um investimento de seis milhões de euros, uma obra que vai “beneficiar os nossos empresários e sobretudo a população que vai ficar com uma maior capacidade de se movimentar. Era uma necessidade que tínhamos há muito tempo”.
Quanto ao Eixo Rodoviário Aveiro-Águeda, o Edil avançou que já foram abertas as propostas do concurso do projeto de execução e que “há muitos candidatos”, sublinhando que esta é uma obra que ainda tem “muito trabalho pela frente” e que, tendo em conta as metas e prazos apertados pelo PRR, é necessário “correr para realizar esta ligação há tantos e tantos anos ansiada”.
“Nenhum de nós conseguia compreender como um centro empresarial e com tantas pessoas como Águeda não tenha uma ligação à autoestrada. Finalmente estamos a fazer justiça”, reiterou Jorge Almeida. A estes investimentos somam-se, reforça, os que estão neste momento em curso, com a segunda fase de infraestruturação do PEC, num investimento de 2,7 milhões de euros.
Na cerimónia de terça-feira, Isabel Damasceno, presidente da CCDRC, frisou que estes projetos vão traduzir-se numa “requalificação do PEC, que começou com apoios do QREN, que continuou com o Centro 2020 com mais financiamento e agora termina com ‘chave de ouro’ com uma requalificação de elevadíssima qualidade com estes 20 milhões de euros”.
A responsável salientou que este financiamento é evidência de o Município de Águeda ter sido “não só a maior como a melhor candidatura do país”. Das várias candidaturas apresentadas, num total de 81 submetidas, de entre as quais foram selecionadas 27 (12 da região centro), a “n.º 1 no país foi Águeda. Por ter sido excelente e a única que responde às cinco tipologias de intervenção é que teve esta avaliação. O mérito é vosso”, concluiu Isabel Damasceno, acrescentando estar “satisfeita” por o processo de execução destes projetos “estar nas mãos do Município”.
Também Ana Abrunhosa, ministra da Coesão Territorial, salientou este desempenho de Águeda e frisou a importância destes projetos para o concelho, região e país. “Este projeto contempla de forma muito completa investimentos em todas as dimensões previstas no aviso e vai permitir transformar o que já é um parque empresarial de referência num parque de última geração e com uma nova dimensão de competitividade”, declarou, acrescentando que este investimento, a par da ligação ao IC2, vai “melhorar a competitividade destes territórios e garantir um desenvolvimento mais equilibrado do tecido produtivo”.
A governante apontou a importância de se continuar a apostar na indústria nacional. “A indústria aqui em Águeda foi sempre muito apoiada e competitiva, mas nunca é demais; temos de continuar a apoiar a nossa indústria, temos de fazer uma reindustrialização desconcentrada e Águeda terá de continuar a ser uma das regiões mais dinâmicas do país e até permitindo alguma especialização produtiva”, declarou.
No final da cerimónia, a comitiva deslocou-se ao PEC onde foi colocada a primeira pedra do futuro edifício da Comunidade de Energia Renovável (CER)/Centro de Gestão e Controlo, um dos projetos relacionados com a Área de Acolhimento Empresarial.
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