sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Sociedade: Paulo Lalanda e Castro em prisão domiciliária

O antigo líder da filial portuguesa Octapharma não fica com a medida de coação mais gravosa

Lalanda e Castro foi ouvido no Campus da Justiça
O Tribunal de Instrução Criminal decretou, esta quinta-feira ao fim da noite, a medida de coação de prisão domiciliária a Paulo Lalanda e Castro, ex-líder da filial portuguesa da empresa Octapharma, no âmbito da Operação O Negativo.

Lalanda e Castro fica ainda proibido de contactar com os restantes arguidos no processo.

O gestor escapou assim à medida de coação mais gravosa, a prisão preventiva. Regressa a casa, em Cascais, onde ficará sob vigilância policial até lhe ser instalada uma pulseira eletrónica.

Lalanda e Castro é suspeito de corrupção ativa, branqueamento de capitais e recebimento indevido de vantagem.

Neste inquérito, dirigido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, investigam-se suspeitas de que Lalanda e Castro e Luís Cunha Ribeiro (ex-presidente do INEM, que estava ligado a procedimentos concursais públicos na área da saúde) terão acordado entre si que este último utilizaria as suas funções e influência para beneficiar indevidamente a Octapharma.

Em causa estão factos suscetíveis de se enquadrarem na prática de crimes de corrupção ativa e passiva, recebimento indevido de vantagem e branqueamento de capitais no âmbito do negócio de plasma.

No âmbito deste processo, foram igualmente constituídos arguidos um representante da Associação Portuguesa de Hemofilia e dois advogados.

O ex-administrador da farmacêutica Octapharma chegou a ser detido na Alemanha no âmbito de um mandado de detenção europeu, mas um juiz alemão ordenou a sua libertação por ter considerado injustificado o pedido.

Lalanda e Castro, que é também arguido nos processos 'Operação Marquês', da qual o principal arguido é o antigo primeiro-ministro José Sócrates, e 'Vistos Gold', regressou a Portugal a 23 de dezembro, tendo-se disponibilizado às autoridades para depor. 


DN/Com Lusa

Comentário: só podem andar a gozar com os dadores de sangue e suas associações. As consequências finais deste imbróglio está à vista desarmada: a montanha pariu um ratinho, não se passou nada de grave, tudo limpinho.

Os dadores de sangue em Portugal pagam para doarem sangue, sendo assim benévolos duas vezes num só acto.

J. Carlos

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