terça-feira, 9 de novembro de 2021

Empresas reforçam participação nos Laboratórios Colaborativos nacionais


. 2º Encontro de CoLAB apresenta, em Aveiro, resultados e tecnologias inovadoras dos 35 Laboratórios Colaborativos atualmente reconhecidos
. Financiamento proveniente de vendas e prestação de serviços dos CoLAB aumentou mais de 200% entre 2019 e 2020
. Laboratórios Colaborativos já contribuíram para a criação direta de 562 empregos altamente qualificados

Atualmente, existem em Portugal 35 Laboratórios Colaborativos (CoLAB) reconhecidos em áreas estratégicas como Saúde, Energia e Sustentabilidade, Transformação Digital e Agroalimentar. Estão distribuídos por todo o território nacional e agregam 299 entidades parceiras, nomeadamente PME, grandes empresas, instituições de ensino superior e centros de investigação. Segundo dados da Agência Nacional de Inovação (ANI), que acompanha e monitoriza a atividade dos CoLAB, as empresas representam 46% dos associados, com um aumento expressivo da representação das PME, que passaram para 121 (mais 46 do que em 2020). Estes resultados, assim como tecnologias inovadoras desenvolvidas pelos CoLAB, serão apresentados no 2º Encontro Anual de Laboratórios Colaborativos, na Universidade de Aveiro, a 9 e 10 de novembro[1], presidido pelo Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor.

De acordo com o 2º Relatório de Acompanhamento “Laboratórios Colaborativos – Evolução e integração em Portugal e na Europa”, desenvolvido pela ANI, o financiamento proveniente de vendas e prestação de serviços aumentou de 2,2 M€ para 2,9 M€ entre 2019 e 2020. Este crescimento exponencial, superior a 200%, evidencia a crescente procura do mercado para as atividades, serviços e tecnologias oferecidas pelos CoLAB. Em 2019, foram os laboratórios do setor Agroalimentar que mais geraram receitas próprias (44% do total). Em 2020, os CoLAB que atuam nas áreas de Energia e Sustentabilidade geraram 37% das receitas e os da Saúde 31%.

Os CoLAB estão distribuídos por todo território nacional, com predominância na região Norte (38%), na Área Metropolitana de Lisboa (33%) e na região Centro (18%).

Impacto na criação de emprego qualificado
A aposta do Governo no apoio à criação de Laboratórios Colaborativos tem não só contribuído para a diversificação das entidades que compõem o Sistema Nacional de Inovação, já que complementa a atuação de 312 unidades de investigação científica, dos 40 Laboratórios Associados e dos oito Laboratórios do Estado e reforça a estrutura de 31 Centros de Interface Tecnológico, como tem fortes implicações na criação de emprego altamente qualificado. Os Laboratórios Colaborativos já contribuíram para a criação direta de 562 empregos altamente qualificados, 30% dos quais ocupados por doutorados). Este valor corresponde a 98% da meta prevista até 2023 (576 recursos humanos).

Para o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, os CoLAB têm-se revelado uma “oportunidade para que as instituições científicas e académicas, em estreita colaboração com atores económicos, sociais e culturais, contribuam para a construção, em Portugal, de projetos de relevância internacional, com impacto efetivo na sociedade, estimulando a criação de emprego qualificado no país.”

“Se pensarmos na rede densa de instituições de I&D em que os Laboratórios Colaborativos se integram e no facto de os mesmos estarem orientados para a implementação de soluções efetivas e com impacto socioeconómico para resolver problemas complexos e de grande dimensão das empresas, percebemos que os resultados que o relatório da ANI apresenta são um forte incentivo para continuar a apostar nesta via”, afirma Joana Mendonça. A presidente da ANI destaca ainda o facto de muitas empresas integrarem mais do um Laboratório Colaborativo e de todos os associados terem, entre 2019 e 2020, reforçado a sua representação nestas entidades.

Rede de Laboratórios Colaborativos, 2021

Principais áreas temáticas de atuação dos CoLAB





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