terça-feira, 3 de abril de 2018

PSD contesta abandono do Teatro em Coimbra

Resultado de imagem para PSD contesta abandono do Teatro em CoimbraA divulgação dos resultados provisórios do chamado Concurso ao Programa de Apoio Sustentado 2018-2021 da Direção-Geral das Artes (DGArtes), está a provocar uma justificada convulsão no meio artístico e cultural português. Estes resultados serão responsáveis pelo fim da atividade de dezenas de 39 estruturas e projetos de criação cultural por todo o país, agravado pelas sucessivas frustrações de expectativas no setor.
Para a Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do PSD, Margarida Mano, “A visão deste Governo para a Cultura mostra-se meramente propagandística, com restrição de recursos em tempo de crescimento da economia, amputando a conceção cultural e a geração artística e mutilando a oferta cultural no território nacional e afetando particularmente a região Centro e a cidade de Coimbra.”
Na região Centro foram excluídas companhias que deixam sem Teatro as cidades de Coimbra e da Covilhã. Em Coimbra as duas companhias profissionais com sede na cidade - O Teatrão e a Escola da Noite, organizações de reconhecido mérito artístico e cultural e que têm marcado o panorama cultural da cidade ao longo das últimas décadas foram simplesmente abandonadas, o mesmo aconteceu ao Teatro das Beiras na Covilhã. A subjetividade de critérios é estarrecedora com companhias a ser excluídas com fundamento em critérios que para outras são fundamento de elogio.
A Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do PSD, Margarida Mano, interpelou recentemente o Ministro da Cultura no Parlamento: ”não pode o Governo, num contexto de crescimento em que o Sr. Primeiro Ministro assume que Portugal está disponível para contribuir além do 1% [do Rendimento Nacional Bruto] para a Europa, investir apenas 15M€ nos concursos, menos do que em 2009, ano dos primeiros cortes na Cultura. “
Estes resultados estão a provocar a indignação de companhias, organizações e criadores, e foram já motivo de tomadas de posição de autarcas e manifestação de preocupação pelo Sr. Presidente da República. Exemplo disso são os vários comunicados publicados por várias companhias profissionais e amadoras de vários pontos denunciando um ataque violento ao meio artístico português, ao eliminar estruturas de criação espalhadas um pouco por todo o país (O Bando), uma razia histórica, alimentada por ódios pessoais" (Cão Solteiro) ou que “O Estado não valoriza um programa de formação artística que acolhe no seu seio a única Escola de Artes Circenses do país" (Chapitô). O Teatro Experimental do Porto, a companhia profissional mais antiga de Portugal, fica também de fora dos apoios da Direção Geral das Artes, e na mesma cidade ficam também sem apoio a Seiva Trupe, o Festival Internacional de Marionetas e o Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica (FITEI).
Os deputados do PSD pelo distrito de Coimbra enviaram hoje uma pergunta por escrito ao Governo pedindo justificações para estes resultados, nomeadamente a exclusão de companhias profissionais de reconhecido valor ao longo das últimas décadas, como são os casos de “O Teatrão” e a “Escola da Noite” e manifestando desolação e revolta face a uma política territorial e cultural que leva ao corte significativa da oferta cultural da cidade.
Coimbra, 3 de abril de 2018


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