O Hospital Arcebispo João Crisóstomo de Cantanhede (HAJC) vai avançar com um projeto de Cessação Tabágica, integrado no programa “Zero Tabaco”, dirigido a todos os utentes que tenham como intenção deixar de fumar, e a consequente diminuição à exposição por fumo ambiental do tabaco. A Consulta de Cessação Tabágica terá início na primeira quinzena de abril, no espaço da Consulta Externa, e irá realizar-se na primeira e terceira sexta-feira de cada mês, entre as 14H30 e as 18H30.
No sentido de melhor adequar a resposta às necessidades dos utentes referenciados, a Consulta será assegurada por uma equipa multidisciplinar composta por um pneumologista, enfermeiros com formação específica na área, e especialistas de Psicologia e Nutrição sempre que necessário.
A cessação tabágica apresenta benefícios imediatos no estado de saúde da pessoa, contribuindo, concomitantemente, para a redução da morbilidade em doenças relacionadas com o consumo de tabaco, como cancro do pulmão e doença pulmonar obstrutiva crónica. A oferta de um apoio planeado e estruturado, em contexto de consulta, passa pela capacitação da pessoa para a mudança comportamental, conducente à desabituação tabágica e à adoção de estilos de vida saudáveis.
Este projeto surge no seguimento do programa “Zero Tabaco”, promovido pela Associação Enfermagem Oncológica Portuguesa, em parceria com a Ordem dos Enfermeiros e a International Society of Nurses “Cancer Care”, no âmbito do Programa Nacional para a Prevenção e Controlo do Tabagismo (PNPCT), criado por Despacho n.º 404/2012 do Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, frequentado por profissionais do HAJC.
O tabagismo representa um dos principais problemas de Saúde Pública à escala mundial. O número de mortes associadas ao consumo do tabaco tem crescido consideravelmente ao longo dos anos, estimando-se que em 2025, possa atingir 10 milhões de pessoas, da população mundial. Segundo a Organização Mundial de Saúde o consumo de tabaco constitui a principal causa evitável de doença e morte. Para além do impacto significativo na mortalidade, fumar, traduz-se em incapacidade e sugere uma menor qualidade de vida, em termos de anos de vida saudável (DGS, 2015).
Tabaco e saúde não são compatíveis: cada cigarro fumado tira 7 minutos de vida.
Foto: Dr Michele de Santis, pneumologista, e os enfermeiros Raquel Marques, Conceição Lourenço e Artur Carvalhinho, habilitados com a Formação de Líderes em Gestão da Cessação Tabágica.
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