quarta-feira, 13 de setembro de 2017

O empresário que paga acima da média e não quer horas extra

“A beleza salvará o mundo”. Esta citação do escritor russo Fiódor Dostoiévski aparece na primeira página do site da Brunello Cucinelli, um empresário italiano. Embora menos conhecida do que impérios como a Prada e a Gucci, a Brunello Cucinelli é um ícone da alta moda, que fatura 450 milhões de euros e cresce 10% ao ano.
Formado em topografia, nos anos 70, contratou dois funcionários e fundou uma marca de roupa de nome próprio, com o objetivo de vender ‘pullovers’ feitos em lã de caxemira. Hoje em dia, a marca conta com 122 lojas em todo o mundo e mais de mil empregados.
Cucinelli procurou combinar a produção de alta moda com a sua visão humanista, a paixão pela arte e filosofia. As regras são claras: o dia de trabalho termina às 17h30 para todos, nada de horas extras e os e-mails e telefonemas são proibidos fora do horário de trabalho. Mais: os funcionários são pagos 20% acima do que a média salarial do setor.
“É uma questão de respeito. Eu quero dar aos funcionários uma nova consciência”, afirma Cucinelli, que distribui um terço do lucro anual pelos funcionários, uma Fundação que se esforça para a restauração do patrimônio arquitetónico italiano, e outra parte para si mesmo.
“Valorizo o que Aristóteles considerava a parte mais elevada da filosofia. Dignidade e moral. Um lucro que não danifique o território, que não prejudique a humanidade, que permita pensar ao longo prazo. Esta é uma empresa que deve ter uma visão secular”, acrescenta o empresário".
económico

Nenhum comentário:

Postar um comentário