segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

360º - Dinheiro, arquivamentos e poder. 9 perguntas para entender o caso Manuel Vicente. Quem é a SuperNanny e a história de abusos de Larry Nassar

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360º

Por Miguel Pinheiro, Diretor Executivo
Bom dia!
Enquanto dormia...
... o Governo norte-americano continua encerrado. Hoje, prosseguem as negociações sobre um orçamento provisório e deve haver nova votação pelo meio-dia. Para desbloquear totalmente a situação, os democratas exigem uma solução para a regularização de cerca de 800 mil jovens imigrantes indocumentados, conhecidos como “dreamers”. 

Há 20 senadores, de um lado e do outro, que estão a tentar encontrar uma solução para o impasse. O The New York Times explica quem são.

A SIC ignorou todos os avisos, alertas e recomendações e emitiu mesmo o segundo episódio de SuperNanny. A família que apareceu ontem já está a ser acompanhada. A presidente da Comissão Nacional de Proteção de Direitos das Crianças e Jovens deixou um aviso: os próximos pais que exponham os filhos não terão o "benefício da dúvida" e a comissão "agirá de forma mais dura".

A psicóloga que aparece no programa chama-se Teresa Paula Marques e não se está a estrear na televisão. Já participou em programas de Júlio Isidro e noutros para jovens. Quem a conhece garante à Tânia Pereirinha - que escreveu o seu perfil para o Observador - que sempre foi ambiciosa. Quatro dias antes da estreia de SuperNanny, já dizia que não podia andar na rua.


Mais informação importante
Começa esta manhã o julgamento do caso Manuel Vicente. O ex-vice-Presidente de Angola não vai estar em tribunal porque as autoridades ainda nem sequer o conseguiram notificar - mas, mesmo assim, o caso está a provocar dificuldades diplomáticas entre Angola e Portugal, tendo em conta que Luanda convive mal com a separação de poderes e com essa coisa estranha que é ver políticos a serem julgados. O processo envolve acusações de corrupção, processos arquivados e 700 mil euros e está todo muito bem explicado aqui, em 9 perguntas e respostas.

Hoje é a primeira reunião de Mário Centeno como presidente do Eurogrupo. E logo na agenda inaugural está a situação de um país chamado Portugal: vão ser discutidos os resultados da sétima missão de supervisão pós-programa feita pela Comissão Europeia e pelo Banco Central Europeu. Em debate está também a substituição de Vítor Constâncio no BCE e o resgate da Grécia.

Mais de 1.500 soldados e cabos pagaram ao Exército para rescindirem contratos. A razão é principalmente económica, avança o DN.

O consumo de sardinha em Portugal caiu 63% nos últimos cinco anos. Tudo por causa das restrições de captura cada vez mais apertadas e do aumento dos preços, escreve o JN.

Rui Rio ainda nem tomou posse como líder do PSD e já toda a gente fala dele:
  • Catarina Martins acusou-o de ser "a voz da direita conservadora" que "quer voltar ao bloco central" e ao "monopólio do negócio";
  • Jerónimo de Sousa alertou para a “retoma formal ou informal” do Bloco Central com o objectivo de "retomar o rumo de liquidação de direitos”;
  • Marcelo Rebelo de Sousa sugeriu que PSD e PS devem procurar "amplos consensos" em áreas como a dívida, as finanças públicas ou o investimento privado.
  • Carlos César, líder parlamentar do PS, concorda com o Presidente e acha que as conversas com o PSD podem começar pela descentralização e pela transparência. Em entrevista à TSF, diz que acabou o “PSD errático, indefinido e ausente das grandes decisões”.

E, agora, o Bloco Central alemão. O SPD aprovou ontem o começo de negociações com Angela Merkel para a formação de um governo. Foi por muito pouco: o "sim" venceu por apenas 83 votos. Merkel já disse que as discussões vão ser "intensas".

Carles Puigdemont está a jogar com a sorte. O antigo chefe de governo catalão refugiu-se em Bruxelas mas decidiu ir dar hoje uma conferência a Copenhaga. O seu avião já chegou à Dinamarca e o Ministério Público espanhol pediu que fosse reativado o mandado de captura europeu.

“O mercado que mais parece uma bolha é a bitcoin”. O aviso vem de Richard Thaler, Prémio Nobel da Economia, em declarações ao Eco.

Larry Nassar foi durante mais de 20 anos médico da seleção americana de ginástica, que ganhou medalhas atrás de medalhas nos Jogos Olímpicos. Agora, está em tribunal a responder a 150 acusações de abuso sexual. Ouvindo as testemunhas, fica uma dúvida: quem protegeu Nassar ao longo daqueles anos todos?

Cristiano Ronaldo teve de ser suturado com “dois ou três pontos” depois de sofrer um golpe na cara no jogo entre o Real Madrid e o Deportivo. Quando foi assistido no campo, o jogador pediu um telemóvel para ver os ferimentos.

Mais grave foi a lesão do croata Krovinovic. O futebolista não volta a jogar pelo Benfica esta época.


Os nossos Especiais
 
São 56 mil páginas de documentos que ajudam a perceber melhor como funcionava o 'saco azul' do GES. Quem pagava, o quê, a quem, e porquê. O Luís Rosa teve acesso aos papéis e está a analisá-los com a Rita Porto, numa investigação que continua nos próximos dias. Até agora, pode ler:

O sismo que há poucos dias teve epicentro na zona de Arraiolos relançou a dúvida, e o medo: e se Lisboa voltar a tremer? O terramoto de 1755 foi uma a tragédia que arrasou Lisboa e também mudou o mundo, como lembra Carlos Maria Bobone.
 

A nossa Opinião

Alexandre Homem Cristo escreve "Rui Rio, o reformista?": "Rui Rio até pode perder em 2019, mas tentar ganhar passa por construir no PSD uma alternativa reformista e de futuro. Algo que à esquerda é incomportável, pois choca com as bases de apoio de PCP e BE."

João Carlos Espada escreve sobre as listas transnacionais para o Parlamento Europeu: "Os europeístas genuínos devem urgentemente pôr cobro à identificação da causa europeia com a hostilidade contra o sentimento nacional e contra a soberania dos Parlamentos nacionais".

Helena Matos escreve "Uma semana no recreio": "O Governo proíbe as crianças-pais de comerem queques nos hospitais, já a PSP faz comunicados explicando às crianças-filhos que não devem engolir cápsulas de detergente. Estamos no país-recreio".

Alberto Gonçalves escreve "O péssimo selvagem": "Numa única frase, o dr. Costa conseguiu incluir 'tivemos', do verbo 'ter', e 'tive', do verbo 'tar', sem perceber que um dos vocábulos apenas cabe nas sofisticadas conversas das altas esferas do PS".

João Marques de Almeida escreve sobre as semelhanças entre Obama e Trump: "A eleição de Trump foi a derrota das elites bem pensantes e do establishment dos media, que prefere escrever para os seus egos e os seus pares em vez de tentar entender o que se está a passar nos EUA."

José Milhazes escreve "Síria: não há mergulho em 'águas santas' que lave a hipocrisia": "Lavrov apoiou a acção turca porque os ataques visam curdos e outras forças sírias apoiadas pelos EUA. Não é difícil imaginar o regozijo reinante no Kremlin face à luta entre parceiros da NATO na Síria".


Notícias surpreendentes

Esqueçam o preto, as cores voltaram às passadeiras vermelhas de Hollywood. Nos Screen Actors Guild Awards, cada um vestiu-se como quis. (A lista de premiados está aqui).

O restaurante Lasarte, do chef Martín Berasategui, era até há uns meses o único com três estrelas Michelin em Barcelona. O Diogo Lopes esteve lá e descobriu que na cozinha se fala português.

“Esta nação nem sempre é valente mas temos de puxar por isso”. Sérgio Godinho tem um novo álbum, com o título "Nação Valente", e esteve a conversar com o Bruno Vieira Amaral sobre música, sobre Portugal e sobre si próprio.

O disco de Sérgio Godinho sai na sexta e, até lá, o Observador vai revelar uma nova canção por dia, sempre ao meio-dia. Começa hoje.
 
Enquanto não chega a música, temos as notícias - aqui, claro.
Até já!
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