sábado, 10 de setembro de 2016

CONSTRUTORA DINAMARQUESA INDEMNIZA PORTUGUESES POR EXPLORAÇÃO LABORAL


 
ABr
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Uma empresa dinamarquesa de construção civil vai ter que pagar 2,5 milhões de euros em indemnizações a trabalhadores portugueses que receberam ordenados abaixo das tabelas legais e trabalharam mais horas do que a Lei da Dinamarca permite.
O caso, divulgado pelo jornal Público, envolve a empresa CNBT DK Aps, que tem sede em Hellerup, na Dinamarca, mas que é gerida por portugueses, tendo escritórios em Portugal e também na Alemanha e em Inglaterra.
Entre 2014 e 2016, cerca de 120 trabalhadores portugueses receberam ordenados “abaixo das tabelas estabelecidas” na Dinamarca, trabalhando mais horas do que a Lei do país permite, escreve o jornal, citando dados da televisão dinamarquesa DR.
Alguns destes trabalhadores envolvidos nas obras de alargamento do metro de Copenhaga chegavam a fazer 55 horas de trabalho semanais, mas recebiam como se trabalhassem apenas 35 horas.
A CNBT DK ApS vai assim ter que pagar 19 milhões de coroas dinamarquesas em indemnizações,cerca de 2,5 milhões de euros, depois das conversações levadas a cabo com a intermediação da maior central sindical da Dinamarca, a 3F.
As indemnizações variam entre os 1.300 euros e os 100 mil euros, segundo avança o Público.
Em 2014, a empresa italiana CIPA também foi condenada a pagar cerca de 2,9 milhões de euros pelo mesmo tipo de irregularidades nas obras do metro de Copenhaga.

Portugueses em “trabalho de escravos”

O presidente do Sindicato da Construção de Portugal (SCP), Albano Ribeiro, refere ao Público que “há ainda situações muito graves por resolver na Dinamarca”, envolvendo portugueses.
“Temos conhecimento de dezenas de trabalhadores a quem foram prometidos três mil euros de ordenado e que estão a receber 700, ainda têm de pagar alojamento e alimentação e alguns deles trabalham 12 ou mais horas por dia”, denuncia o sindicalista.
O presidente do SCP nota ainda que há outros portugueses a viverem situações de “trabalho de escravos” semelhantes na Bolívia e no Senegal.
ZAP

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