sábado, 9 de janeiro de 2016

Identificados 1500 pedófilos em ataque inédito do FBI contra site

Numa jogada inédita, o FBI conseguiu infiltrar-se no maior site de pornografia infantil da "dark web" e identificou 1500 pedófilos.
A operação contra o site "Playpen" - um fórum na "dark web" onde os utilizadores publicitavam e partilhavam imagens pornográficas de menores - é descrita como uma das mais arrojadas ações do FBI no campo da tecnologia e Internet, usando meios nunca antes vistos. Foi levada a cabo no último ano, mas só agora revelada, com o número dos processos a avolumar-se nos tribunais norte-americanos.
No auge de popularidade, o site "Playpen" (apenas acessível a quem usasse um browser específico, o Tor, para aceder a uma área não catalogada da Internet e que, em teoria, permite o anonimato) tinha 215 mil membros e recebia mais de 11 mil utilizadores únicos por semana. Nele, os investigadores descobriram imagens de abuso de menores e conselhos para que os utilizadores conseguissem não ser detetados.
Com a apreensão, em fevereiro de 2015, dos servidores do site na Carolina do Norte, EUA, o FBI teve a oportunidade de ouro para encerrar este site. Mas, antes disso, instalou o "Playpen" durante duas semanas nos seus próprios servidores para se infiltrar nos computadores de todos os que acediam ao site, revela o site "Motherboard", da Vice.
Entre 20 de fevereiro e 4 de março, utilizando uma "técnica de investigação de rede" (NIT, no acrónimo em inglês), o FBI conseguiu sorrateiramente instalar uma pequena aplicação Flash, que lhes permitiu recolher os dados dos pedófilos, contornando a barreira de proteção do browser Tor.
Com esta técnica e usando apenas um único mandado do tribunal, o FBI conseguiu penetrar em mais de mil computadores que acederam ao "Playpen", recolhendo dados como sistema operativo, ip, MAC addres, nome de utilizador ativo e até distinguir que dados aquele computador específico utilizou.
Esta megainvestigação deu origem, ainda em 2015, a vários processos nos tribunais norte-americanos e, provavelmente nos próximos meses, novos casos surgirão. "Cerca de 1500 processos vão acabar por ser levantados com origem nesta única investigação", disse Colin Fieman, um procurador federal norte-americano, ao site "Motheboard".
Fonte. JN

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