sábado, 13 de abril de 2019

Proença-a-Nova | Quatro dias para celebrar as valências territoriais de Proença-a-Nova



A dois meses da Festa do Município 2019, este ano dedicada à Tigelada e ao Mel, o executivo municipal apresentou à imprensa os principais momentos daquele que é o maior evento do calendário anual do Município por congregar todas as valências territoriais que o concelho oferece. Destaca-se a inauguração do Mercado Municipal e da Oficina da Tigelada, a realização do II Fórum Empresarial, os espetáculos com «We Are the 90s Kids», «The Béyà Vu Experience» e Marco Rodrigues, a presença da RTP e da equipa do “Aqui Portugal”, um programa paralelo com atividades desportivas, culturais e de animação, área expositiva com empresas de vários sectores de atividade, as associações do concelho que garantem a comercialização da tigelada nos tradicionais caçoulos de barro e as tasquinhas. 

“Quisemos introduzir alguma diferença relativamente àquilo que é habitual neste tipo de festas”, referiu o vice-presidente da Câmara Municipal, João Manso, que apresentou o programa dos dias 14, 15 e 16 de junho. Mais do que uma festa ou um evento, a proposta é “um conjunto de experiências que as pessoas levam para que se divirtam e que gostem de estar em Proença-a-Nova”. Na noite de sexta-feira, “We are the 90’ Kids”, dos produtores do Revenge of the 90’s, trará os melhores hits dos anos 90, convidando todos os presentes a vestirem-se dentro do espírito da época. Com estreia nacional no dia 15 de junho, The Béjà Vu Experience é um espetáculo cénico com bailarinos, jogos de luzes e fogo de artificio, que destaca músicas da artista americana Beyoncé. Já o fadista Marco Rodrigues, que apresenta o seu novo disco, será o convidado da noite de domingo,subindo ao palco depois da atuação das tunas académicas. A Marcha Popular do Bairro da Boavista (de Benfica, em Lisboa), o programa da RTP “Aqui Portugal” e a novidade das “happy hours”, ou “horas felizes”, são outros destaques da Festa do Município que é muito mais do que a vertente cultural. 

O presidente da Câmara Municipal, João Lobo, focou a componente económica que a Festa do Município alavanca já que a própria tigelada potencia sectores como a caprinocultura e a apicultura, tendo em conta que a receita tradicional utiliza leite de cabra e o mel. “Em territórios de minifúndio como Proença-a-Nova, abre-se uma janela de oportunidade para a apicultura, que não tem fronteiras, e é também ela um complemento importante a diversos níveis”, do económico ao ambiental. Luís Gonçalves, que se dedica a esta atividade, apontou alguns dos problemas que afetam as abelhas, nomeadamente a utilização de pesticidas na agricultura e a vespa asiática, sendo necessário inverter - no primeiro caso - formas de cultivo que acabam por fazer perigar as colmeias e, por arrasto, a própria biodiversidade. Quanto à caprinocultura,João Lobo recordou que o concelho já foi aquele que registou o maior número de caprinos, quando “hoje devemos ter um efetivo de 5.000 animais”. O objetivo é “reativar uma atividade que tem condição para ser lucrativa e, por isso mesmo, a Capripinhal, que faz a recolha de leite de cabra e a sua venda, tem a sua sede em Proença-a-Nova”. Há ainda a possibilidade de utilizar os rebanhos nas áreas de gestão de combustível em redor dos aglomerados urbanos, que poderão ajudar a “transformar área florestal em área agrícola”. Há ainda a possibilidade de utilizar os rebanhos nas áreas de gestão de combustível em redor dos aglomerados urbanos, que poderão ajudar a “transformar área florestal em área agrícola”. Há ainda a possibilidade de utilizar os rebanhos nas áreas de gestão de combustível em redor dos aglomerados urbanos, que poderão ajudar a “transformar área florestal em área agrícola”. 

Ao apostar-se na tigelada, investe-se também nestes sectores: nesse sentido, o Município já contactou o CATAA – Centro de Apoio Tecnológico Agroalimentar para desenvolver estudos que permitam que este doce possa integrar o circuito comercial, criando valor acrescentado. “A Oficina da Tigelada, a inaugurar no dia 13 de junho, resulta da requalificação da antiga Escola Primária do Pergulho. A entrada do edifício receberá o Centro Interpretativo da Tigelada que, para além de reunir utensílios utilizados na confeção da tigelada, contará a sua história e tradição. Nuno Pequito e Pedro Farinha, da Associação do Pergulho e Murteira - que dinamizará a Oficina da Tigelada, têm a expetativa que este equipamento poderá ser responsável pela criação direta de empregos, para além dos restantes impactos indiretos já referidos. 

A inauguração do Mercado Municipal será outro dos momentos do Dia do Município, tendo a Sessão Solene como tema principal “A economia circular e os contributos para a sustentabilidade ambiental”, tendo em conta que o novo espaço já incorpora algumas destas preocupações, como por exemplo a ausência de sacos de plástico. João Lobo convidou os presentes a andar para trás cerca de 70 anos, para uma época em que nada se perdia e em que o ciclo dos produtos se esgotava completamente. “Quando olhamos para estes 70 anos de evolução que fizemos enquanto sociedade, vemos que nos trouxe coisas muito boas, mas temos que repensar e voltar a ver que aqueles lá atrás já faziam economia circular”, afirmou João Lobo. Temas para debater num dos momentos privilegiados do calendário anual do Município que celebra as valências territoriais de Proença-a-Nova. 

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Sónia Martins

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