sexta-feira, 11 de agosto de 2017

O nosso Nélson

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Enquanto Dormia
 
Diogo Queiroz de Andrade, Director adjunto
 
Olá bom dia.
nosso homem que voa continua a encher-nos de orgulho. Vimos ontem à noite Nélson Évora a encher o peito de ar e a atirar-se para a caixa de areia onde voltou a fazer mais do que merecíamos esperar: o homem é mesmo um atleta de excepção e não deixou que ninguém notasse que era o mais velho em competição. Ganhou o bronze,  ainda queria ter ganho mais e promete continuar a lutar. Temos uma fotogaleria dos saltos de ontem que merecem o nosso obrigado e, para recordar, o relato ao minuto de toda a competição. Mas o dia é longo, há mais notícias e poucas são boas. Tentarei compensar com algumas sugestões de fim de semana, lá mais para o fim deste email, ainda antes de voltar ao herói de hoje. 

De hoje

O rescaldo dos incêndios de Pedrógão começa finalmente a ser feito e confirma aquilo que já se temia: a descoordenação no terreno foi total. A Liliana Valente tem estado a cruzar os relatórios e conta que a GNR andou a evacuar pessoas de forma autónoma, a Protecção Civil não cumpriu o seu papel de coordenação e o SIRESP falhou em toda a linha, impedindo as comunicações no terreno. Os relatórios não fizeram todo o trabalho necessário e a ministra pede medidas desde já, para evitar situações iguais no futuro. Infelizmente os incêndios não esperam e da noite de ontem continua o combate ao fogo em Abrantes, que vai dominando as atenções mas sem deixar esquecer que há mais 25 incêndios a lavrar em Portugal.
Esta tarde vai ser conhecida a sentença de um caso estranho. O Luciano Alvarez desmonta muito bem uma história muito mal contada pela justiça timorense, que acusa um casal português de crimes económicos sem ter apresentado provas suficientes que o demonstrem. E os erros ao longo do processo são suficientes para fazer temer o pior.
Portugal Telecom continua a cortar no pessoal, e desta vez são 400 os funcionários convidados a sair da área do atendimento telefónico aos clientes - confirmando que o estilo de gestão da Altice vai ficar marcada pelos cortes no pessoal.
Também vale a pena ler o trablaho do João Ruela Ribeiro, que entrevistou uma analista especializada na Coreia do Norte para trazer mais informações sobre o que se está a passar na escalada do conflito e perceber o que se pode fazer com mais esta potência nuclear
O ministro do Ambiente diz, também em entrevista, que o Governo quer colocar 170 mil casas no mercado. E por falar em habitação, quem arrenda deve estar preparado para um aumento acima de 1% no ano que vem, na maior actualização de rendas nos últimos cinco anos, como alerta a Rosa Soares.
Já a Lucinda Canelas conta que um diário dos tempos vitorianos pode resolver o mistério de quem seria Jack, o Estripador. E a Andreia Cunha Freitas fala de outro trabalho de detective, mas este científico: com a técnica de edição genética CRISPR, conseguiu-se bloquear um gene nas formigas de forma a torná-las anti-sociais e a impedir o seu trabalho em grupo.

Para amanhã

Hoje é dia de ípsilon, pelo que não é nada difícil recomendar boas leituras. Começo pelo tema de capa, que conta a história do Festival de Paredes de Coura, nascido numa noite de fados lá em 1993 e em que uma cabine telefónica teve papel importante. O Gonçalo Frota fala do regresso do jazz a uma adolescência rock para pedir atenção a três novas bandas portuguesas e o António Araújo analisa a história definitiva das extremas-direitas portuguesas contada num estudo essencial.
Ainda sem sair da reflexão política mas fugindo para o outro lado do espectro, deixo um excelente ensaio da Intercept sobre o modo como os libertários estão a mudar a esquerda latino-americana.
À revista do Smithsonian fui buscar a extraordinária história dos mapas, de Ptomoleu ao GPS. Com ela conta-se também a crescente confiança na tecnologia que nos leva a perder o instinto de navegação.
Quase a fechar, regresso ao salto em comprimento, com uma história notável de recuperação contada no Guardian há uns meses. É o percurso de Luvo Mayonga, um homem que andou perdido na dependência de drogas duras e acabou a ganhar a medalha de prata nos jogos olímpicos do Rio de Janeiro. 
E agora sim, volto ao nosso Nélson, para lhe mostrar o primeiro trabalho que fizemos em vídeo 360º já no ano passado, quando fomos perceber com o campeão o verdadeiro comprimento dos seus saltos. 
Passe um bom fim de semana, se puder venha visitar-nos aqui porque vamos continuar a servir toda a informação de qualidade. Até segunda-feira.

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