quinta-feira, 29 de março de 2018

360º - E se assaltassem a "Casa de Papel" portuguesa? Mais: perguntas e respostas sobre as perdas do Novo Banco

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360º

Por Miguel Pinheiro, Diretor Executivo
Bom dia!
Enquanto dormia...
O Novo Banco teve prejuízos recorde de 1.400 milhões em 2017. Tudo por causa do registo de dois mil milhões em imparidades. O Fundo de Resolução vai agora meter no banco quase 800 milhões de euros. E, para que isso aconteça, o Estado vai ter que emprestar até 450 milhões ao Fundo de Resolução.

Esta necessidade de mais dinheiro no Novo Banco não é uma surpresa. Mas porquê só agora? Porque é que os prejuízos são tão elevados? Quem paga? Este esforço financeiro na banca vai ter impacto nas contas do Estado? E daqui para a frente, o que vai acontecer no Novo Banco? As respostas são dadas pela Ana Suspiro e pelo Edgar Caetano.

As contas da Associação Mutualista Montepio foram ontem à noite aprovadas por larga maioria. O presidente Tomás Correia admitiu que há "sempre vozes discordantes".

A Coreia do Norte e a Coreia do Sul anunciaram de madrugada um encontro histórico para 27 de abril. Será a primeira vez em mais de uma década que se juntam, numa zona fronteiriça, para negociarem a desnuclearização da península.

Há pelo menos 68 mortos num incêndio numa prisão na Venezuela. Tudo começou com um motim e ainda não se conhece toda a informação.


Mais informação importante
A Proteção Civil fechou instalações onde estão os helicópteros Kamov, usados no combate aos fogos, e expulsou equipas russas. Não, não foi retaliação pela tentativa de homicídio de um ex-espião russo em Inglaterra. Simplesmente, foi detectada movimentação de material sem ter sido identificado e sem autorização.

Os incêndios voltaram ontem ao parlamento, com o debate sobre o relatório da Comissão Técnica Independente. O governo aproveitou para anunciar a compra de carros de combate ao fogo, o reforço de equipas de bombeiros e muitos milhões em apoios aos agricultores afetados. E a oposição criticou as falhas do governo e o silêncio sobre a ausência de meios aéreos.

Mais: o Governo voltou a não conseguir contratar meios aéreos para os fogos. Só tem 12 dos 40 que estavam planeados, noticia a TSF.

Fora do parlamento, o ministro do Planeamento disse quemais de 90% das casas afetadas nos incêndios de Pedrógão estão em obra ou concluídas.

"São Bento, we have a problem". Será que o Homem conseguiu chegar à lua, mas não consegue levar a "geringonça" ao fim da legislatura? Jerónimo de Sousa disse ontem em entrevista à RTP que, se o Orçamento “acentuar traços da política de direita, temos um problema” e o PCP pode não o aprovar. Será só retórica?

Ainda se encontram em funções três administradores do grupo de colégios GPS envolvidos num caso que envolve corrupção, peculato, falsificação de documento, burla qualificada e abuso de confiança onde já houve acusação do Ministério Público. Um deles é o administrador a quem foram apreendidos 60 carros.

O governo vai comprar à pressa pulseiras eletrónicas em falta. Sem concurso público. Vai custar 1,1 milhões de eurossem IVA. A notícia é do Público.

O Presidente da República voltou a falar, indirectamente, sobre o caso da não-expulsão dos diplomatas russos. E assegurou que Portugal quer ser fiel à UE e à NATO com “inteligência e lucidez”.

Os britânicos - que, segundo se depreende das palavras de Marcelo, não são inteligentes nem lúcidos, ao contrário de nós - revelaram que Sergei Skripal pode ter sido envenenado à porta de casa. Foi aí que os investigadores britânicos encontraram uma grande concentração do composto químico usado para o tentar matar.

Já sabemos como é que os jornais portugueses noticiaram o encontro entre Kim Jong-un e Xi Jinping. Mas, e os media norte-coreanos e chineses fizeram o quê? Veja como funciona a imprensa em regimes autoritários.

Dos Estados Unidos, três notícias:

Os nossos Especiais

E se assaltassem a “Casa de Papel” portuguesa? Onde se fabrica o dinheiro em Portugal? Como está protegido o local? E como seria negociada a libertação de reféns, caso alguém imitasse o assalto da série de ficção espanhola que passa na Netflix? A Carolina Branco e a Sónia Simões falaram com toda a gente para conseguir os detalhes.

Afinal, Portugal tem médicos a mais ou a menos? Em mais um Ensaio do Observador, Mário Amorim Lopes explica que ninguém sabe ao certo.


A nossa Opinião

Helena Garrido escreve "Um elogio a António Costa e Mário Centeno": "Muitos ministros das Finanças tentaram dominar o “monstro”, apenas um parece estar a conseguir. Centeno está de parabéns. E Costa também. Esperemos que as tentações eleitoralistas não estraguem tudo."

Filomena Martins escreve "Pagar melhor para expulsar quem nada vale": "Podemos ter dois ou três políticos razoáveis, meia-dúzia de políticos astutos, duas mãos cheias de políticos a tentar a sua sorte. Mas a maioria, a grande grande maioria, são políticos oportunistas."


Notícias surpreendentes

Hoje estreia “Ready Player One: Jogador 1”, de Steven Spielberg, um filme de ficção científica adaptado do livro de Ernest Cline e passado num imenso mundo virtual. Eurico de Barros dá-lhe três estrelas.

Há mais dois filmes para ver esta semana: “Custódia Partilhada” é um drama francês sobre uma família despedaçada; e “Peter Rabbit” é uma animação digital que adapta as histórias infantis de Beatrix Potter.

Estivemos nos ensaios da banda portuguesa Medeiros/Lucas, que apresenta o seu terceiro álbum esta quinta-feira. Antes, durante um jantar de frango assado, conversámos sobre o disco.

No Collectors Marvila, em Lisboa, encontramos de tudo:macramé, teatro, móveis antigos, montras da Hermès, arte, fotografia, design e (acreditem) animais embalsamados. O Mauro Gonçalves esteve lá.

O presidente executivo da Huawei garante: “Não vendemos informação a terceiros”. Na apresentação dos novos  smartphones, Richard Yu falou sobre a exclusão da marca dos EUA e explicou porque é que os topo de gama não têm entrada para auriculares.

A chuva e o vento voltam a Portugal hoje. Mas tudo indica que o domingo de Páscoa não vai ser atormentado pela tempestade Irene: é só mesmo mau tempo, explica o Instituto Português do Mar e da Atmosfera.

Pegue então no guarda-chuva e boa Páscoa. Já sabe que vamos estar sempre aqui.
Até já!
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