domingo, 10 de maio de 2020

Situação dos Trabalhadores da Construção Civil no concelho de Santa Maria da Feira

Nas últimas semanas têm sido inúmeros os alertas dos parceiros sociais do setor da construção civil para as condições de informalidade e de falta de segurança em que a sua atividade tem vindo a funcionar durante a pandemia da COVID-19.

Na maior parte dos casos, estes trabalhadores continuam a exercer a sua actividade com total ausência de equipamentos de proteção individual e higiene (máscaras, luvas, gel desinfectante), e de garantia da distância física mínima indicada pelas autoridades de saúde, sendo obrigados a trabalhar todos os dias em condições de elevada exposição ao contágio.

O setor da Construção Civil tem cerca de 600 mil trabalhadores, um sector de actividade onde abundam os vínculos precários, os baixos salários e a falta de condições de segurança, saúde e higiene no trabalho.

Com o país a braços com uma crise sanitária, económica e social sem precedentes, importa referir que o “Inquérito Rápido e Excepcional às Empresas (COVID-IREE)” divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e pelo Banco de Portugal (BP), aponta o setor da Construção e Actividades Imobiliárias como aquele que mantém em funcionamento a maioria das empresas (91%), tendo mesmo havido casos em que foi feita a reivindicação da suspensão das obras, para a salvaguarda da saúde dos trabalhadores, das suas famílias e da população, sem suspensão do pagamento dos salários, tal como aconteceu em outros países europeus, onde este foi o primeiro setor a parar.

Os deputados municipais já questionaram à autarquia feirense. Ler aqui.

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