terça-feira, 31 de agosto de 2021

Federação islandesa de futebol renuncia em massa por alegado encobrimento de agressão sexual

Todos os membros do comité executivo da Federação Islandesa de Futebol renunciaram aos cargos na segunda-feira à noite, acusados de encobrirem alegações de agressão sexual que envolvem o internacional islandês Kolbeinn Sigthorsson.

Na sequência da saída do presidente, Gudni Bergsson, no domingo à noite, e após uma reunião de emergência que durou quase cinco horas, os restantes 16 membros do comité anunciaram as respetivas demissões.

"A decisão vai ao encontro dos apelos de Íslenskur Toppfótbolti [um grupo que representa os interesses dos clubes das duas primeiras divisões masculinas e femininas], os desejos dos representantes do clube (...) e a pressão popular", disse a federação em comunicado.

A Associação Islandesa de Futebol tem sido criticada por ter tomado uma atitude passiva, face à gravidade do caso, e por o tentar manter em segredo, negando sempre que este era conhecido ao mais alto nível da associação, apesar de os e-mails e dos testemunhos indiciarem o contrário.

Uma sessão extraordinária para a nomeação de um novo presidente e comité executivo deverá ter lugar dentro de um mês.

Na sexta-feira à noite, Thórhildur Gyda Arnarsdóttir, de 25 anos, disse à televisão estatal, RUV, que tinha apresentado uma queixa após ter sido abusada sexualmente e assediada por um membro da equipa nacional numa discoteca em Reiquiavique, em setembro de 2017.

A mulher afirmou que o jogador admitiu o incidente, pediu desculpa e pagou-lhe uma soma de dinheiro como compensação, cujo montante não foi tornado público.

Os 'media' islandeses identificaram o jogador como sendo o avançado internacional Kolbeinn Sigthorsson, que atualmente joga na Suécia, no Gotemburgo, após passagens pelo Ajax e Nantes.

Lusa

Imagem: Transfermarket

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