sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

Boletim InfoADASCA, Edição nº. 17 para Janeiro 2022

O Boletim InfoADASCA, Edição nº. 17 para Janeiro 2022 é disponibilizado mais cedo do que é habitual.
O tema para a primeira página é: “AVEIRO ACORDA PARA A DÁDIVA DE SANGUE” assim como vai servir de lema para os cartazes durante no próximo ano. Reparem nos que vão sendo afixados, com imagens diferenciadas pela cidade.

Sim, quando é que Aveiro acorda para a prática regular da dádiva de sangue, tendo em consideração a existência de um hospital no seu meio, que deixou de fazer colheitas de sangue desde 2004? A ADASCA tem 15 anos de existência, não são 15 meses, não se limita às quatro paredes. Como é que se compreende que o universo de dadores, que se dirige ao Posto Fixo da ADASCA sejam dos Concelhos de Ílhavo, Vagos, Mira, Águeda, Oliveira do Bairro, Estarreja, Sever do Vouga? Certamente, também comparecem alguns aveirenses, esses contam-se pelos dedos, sem exagerar… talvez nem cá nasceram, mas, estudaram na UA, casaram e por cá ficaram a residir.

Chegam a comparecer dadores da Tocha, Figueira da Foz e de Cantanhede. É aceitável, uma associação que existe há 15 anos nesta cidade, haver pessoas que desconhecem da sua existência, apesar dos eventos públicos que desenvolveu duramente aqueles anos, antes da pandemia? Nem sequer reparam nas circulação das duas viaturas devidamente identificadas? Distracção? Alheamento? Indiferença?

Aveiro sempre revelou uma cultura comunitária muito típica/própria. Como fundador, senti na pele alguns dardos envenenados, atirados à traição. Na verdade, quantos cidadãos genuinamente aveirenses existem?

A necessidade de sermos receptores de transfusão de componentes sanguíneos para continuarmos a viver, esmaga o egoísmo e a importância dos estatuto social cai por terra. O estatuto social de cada um de nós, não tem cotação na bolsa de valores. Os actos, sim, diferenciam-nos uns dos outros, pela positiva ou negativa.
Termino com o mesmo tema: “AVEIRO ACORDA PARA A DÁDIVA DE SANGUE” antes que seja tarde. Não basta comparecer nos momentos dos apelos transmitidos na imprensa, culpando-nos depois da falta de organização.

Tenho a noção que vou ser duro: quando um dia lhe surgir a infelicidade de receber uma transfusão de sangue (Plasma, Plaquetas ou glóbulos) num qualquer hospital e, contemplar aquele saco pendurado, lembre-se que alguém estendeu o braço benevolamente para você receber o precioso produto.

A experiência adquirida aos longos destes 15 anos, dos casos que tivemos conhecimento e lidámos com eles de perto, deixa-nos numa situação desconfortável. É preciso passar por elas e ver a vida por um fio, como diz o ditado popular.

Também já está disponível através deste link http://www.adasca.pt/node/1513.

Procurem ser um pouco mais solidários. Próspero Ano 2022.

Joaquim Carlos

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