O Presidente dos Estados Unidos ordenou hoje um ataque militar à Síria, numa resposta ao presidente Bashar-al-Assad, acusado de ter usado armas químicas contra civís.
O anúncio chegou na noite desta sexta-feira, pela voz do presidente do Estados Unidos: "O propósito da nossa ação passa por criar um efeito fortemente dissuasivo contra a produção e uso de armas químicas", explicou Donald Trump na declaração que fez ao país.
Trump, que falava da Casa Branca, explicou que está em curso uma "operação conjunta" com a França e o Reino Unido para punir o regime de Bashar al-Assad.
Depois de uma semana de sinais mais ou menos contraditórios, Trump procurou explicar que se trata de um "assunto vital para a segurança nacional" dos americanos e garatiu que os Estados Unidos estão preparados para "garantir esta resposta até que os objetivos sejam alcançados."
Trump questionou ainda a Russia e o Irão - dois países que têm apoiado Assad, - "que tipo de nações querem estar associadas a assassínios em massa." O presidente dos EUA condenou os ataques químicos "monstruosos" levados a cabo pelo regime de Damasco. Prometeu que a operação irá durar "o tempo que for necessário".
De Londres, a primeira-ministra britânica, Theresa May, afirmou que não existia "alternativa ao uso da força".
Ao mesmo tempo que Trump falava eram ouvidas explosões em Damasco, segundo um correspondente da France Press no local.
O Secretário de Estado da Defesa, James Mattis, garante que Donald Trump "está legalmente autorizado a ordenar este ataque à Síria", apesar de o ter feito sem autorização do Congresso.
Mattis explicou aos jornalistas que a decisão do Presidente americano está protegida pelo Artigo II da Constituição, segundo o qual "o Presidente é o comandante e chefe do Exército e da Marinha dos Estados Unidos. Acreditamos que o Presidente tem todas as razões para defender os vitais interesses dos americanos e que foi isso que ele fez esta noite", acrescentou o Secretário de Estado da Defesa.
Fonte: TSF/Lusa
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