quinta-feira, 17 de maio de 2018

Gasolina e gasóleo mais caros em Moçambique, “devemos esperar que nas próximas revisões possamos ter novas subidas”


Foto de Adérito Caldeira
Cerca de dois meses depois do último reajuste os preços dos combustíveis voltam a mudar em Moçambique por causa da guerra na Síria, da saída dos EUA do pacto com o Irão e da crise na Venezuela. A gasolina aumenta para 66,03 meticais/litro, também subiu o preço do gasóleo para 62,92 meticais/litro, e o gás natural veiculado para 31,97 meticais/quilo. Reduz o custo petróleo para 50,33 meticais/litro e do gás de cozinha que será vendido a 60,94 meticais/quilo a partir desta quinta-feira (17). As autoridades do sector alertam que: “devemos esperar que nas próximas revisões possamos ter novas subidas dos preços”.

Moisés Paulino, o director nacional de combustíveis e hidrocarbonetos no Ministérios dos Recursos Minerais e Energia, tornou público nesta quarta-feira (16) que no âmbito da nova política de revisão mensal dos preços dos combustíveis líquidos a gasolina aumenta dos 65,01 estabelecidos em Março último para 66,03 meticais/litro.

Também sobe, a partir desta quinta-feira (17), o gasóleo dos anterior 61,11 para 62,92 meticais/litro assim como o gás natural veiculado que passa de 31,54 para 31,97 meticais/quilo.

O petróleo que em Março havia sido agravado para 50,45 reduz para 50,33 meticais/litro.

O preço do gás de cozinha volta descer, dos anteriores 65,18 passa a ser comercializado a 60,94 meticais/quilo.

Importa referir que este preços aplicam-se apenas nas cidade de Maputo, Beira, Nacala e Pemba onde existem terminais de distribuição. Nos restantes distritos, municípios e vilas de Moçambique o preço de venda do distribuidor é acrescido dos custos de transporte havendo locais, como Mecula na província do Niassa onde o acréscimo é de cerca de 30 por cento.

João Macanja, o director da Importadora Moçambicana de Petróleos (IMOPETRO), explicou que além taxa de câmbio o preço dos combustíveis em Moçambique está a ser influenciado pela guerra na Síria, pela anunciada retirado dos Estados Unidos da América do pacto nuclear com o Irão assim como pela crise política e financeira que afecta a Venezuela.

“Cria-se uma situação de incerteza do que é que vai ser o comportamento em termos de disponibilidade do produto”, disse Macanja aclarando que “para além desta revisão que está acontecer agora, devemos esperar que nas próximas revisões, ao considerarem estes meses, também possamos ter novas subidas dos preços, é uma situação de todos os países importadores, não têm o controle e não tem como evitar”.

Relativamente ao custo do combustível para os aviões João Macanja declarou que: “neste momento o preço do Jet não é regulado, cada uma das empresas que o comercializa importa e negoceia com o seu cliente o preço de venda”.

Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique

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