sábado, 12 de maio de 2018

Pilotos da TAP aprovam acordo de aumentos salariais negociado entre sindicato e empresa

Os pilotos da TAP aprovaram na sexta-feira, em assembleia extraordinária, o acordo negociado entre a direção do seu sindicato e a transportadora que prevê a atualização salarial.
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Os pilotos da TAP aprovaram na sexta-feira, em assembleia extraordinária, o acordo negociado entre a direção do seu sindicato e a transportadora que prevê a atualização salarial, confirmou este sábado à Lusa fonte oficial do SPAC. Questionado pela Lusa, fonte oficial do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) disse que “a assembleia dos pilotos da empresa aprovou o texto final do acordo entre a TAP e a direção do sindicato”.
No dia 8 de maio, num anúncio publicado na imprensa, o SPAC convocou os associados para sessão extraordinária, na sexta-feira, com dois pontos na ordem de trabalhos: aprovação das alterações ao Acordo de Empresa entre a TAP, SA, e o SPAC – Atualização salarial e outras – Criação do RRCE, em substituição do regulamento de efetivos e de recurso à contratação externa (RERCE). O ponto 2 referia-se a “outros assuntos de interesse geral”.
De acordo com a proposta de atualização salarial a que a Lusa teve acesso, os valores de atualização salarial acordados entre a transportadora e a direção do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) são: 5,0% em 2018, 5,0% em 2019, 3,0% em 2020, 1,0% em 2021, 1,0% em 2022, num total de 15,0%.
Este aumento não contempla ainda a correção do Índice de Preços no Consumidor (IPC) no período, de 1,4% em 2018, e de 2,0% nos quatro anos seguintes, num total de 9,4%, referindo-se que “os valores da inflação para o período de 2019 a 2022 são estimados” e que “será aplicável o valor real, independentemente do seu valor, desde que positivo”.
Na prática, este ano os salários dos pilotos da companhia aérea vão ter já um acréscimo de 6,4%. A proposta contempla ainda uma compensação aos pilotos por atraso na progressão técnica dos pilotos da TAP. O acordo celebrado prevê também uma compensação que será aplicada “até ser respeitado o limite de 8% das ‘block hours’ [unidade de medida usada na aviação] voadas no ano civil anterior pela TAP”, contratada a empresas pertencentes ao grupo, equivalente a “um vencimento base” em cada ano de incumprimento, pago em duodécimos, que oscila entre 283,33 euros por mês – para vencimentos brutos de 3.400 euros – até 520,83 euros – para vencimentos de 6.250 euros.
Sobre a revisão do RERCE, precisa o documento, as compensações financeiras são para “todos os pilotos associados do SPAC”, sendo paga desde 01 de janeiro de 2017, em duas prestações (em maio e junho de 2018), cada uma correspondente a metade do vencimento base de categoria.
Já o valor referente a 2018, será pago a partir de julho e até ao final do ano e, a partir de janeiro de 2019, passará a ser pago mensalmente um duodécimo do vencimento base de categoria.
O acordo estipula ainda “a criação de limites aos ‘code share’ [venda de bilhetes partilhada entre companhias] e respetivas penalizações.
Questionado pela Lusa sobre o acordo alcançado, o SPAC não prestou quaisquer comentários.
O consórcio Atlantic Gateway, de Humberto Pedrosa e David Neeleman, detém 45% do Grupo TAP (TAP SGPS), o Estado através da Parpública 50% e os restantes 5% estão nas mãos dos trabalhadores.
Lusa

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