quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Sporting: Madeira Rodrigues justifica apoio a Ricciardi com recusa de “experimentalismos”

Madeira Rodrigues desistiu esta terça-feira, 4 de setembro, da corrida à liderança do Sporting Clube de Portugal em favor de José Maria Ricciardi, a quem reconhece "capacidade de gestão e liderança para colocar o Sporting CP no caminho do sucesso". O agora ex-candidato à presidência do clube justifica ainda a decisão com a necessidade de "evitar que o rumo [do clube ] fique entregue a experimentalismos".
A desistência de Pedro Madeira Rodrigues foi avançada esta manhã pela imprensa desportiva nacional e confirmada pelo SAPO24 junto de fonte da sua candidatura.
As primeiras notas davam conta de uma integração do gestor e cinco elementos da lista C na candidatura de Ricciardi, mas nesta fase confirma-se apenas o apoio à lista B.
Em comunicado enviado às redações, Madeira Rodrigues explica que "chegando a este ponto, e após reflexão, e por nunca ter estado obcecado em ser presidente do Sporting Clube de Portugal, mas antes empenhado em contribuir para uma solução eficaz que traga de volta o grande Sporting e para evitar que o seu rumo fique entregue a experimentalismos, decidi apoiar a lista B de José Maria Ricciardi. Dos atuais candidatos é aquele que sei que tem capacidade de gestão e liderança para colocar o Sporting CP no caminho do sucesso".
Com esta decisão, Madeira Rodrigues espera dar "um sinal de união que é fundamental no momento que o nosso clube atravessa".
Em 2017, Madeira Rodrigues foi derrotado nas eleições para o Sporting por Bruno de Carvalho, recolhendo 9,49% dos votos contra 86,13% do presidente reeleito, que viria a ser destituído em Assembleia Geral, em junho de 2018.
Na mesma nota, o ex-candidato justifica ainda o facto de ter avançado para este sufrágio apesar da derrota anterior.
"Quando em 2017 decidi avançar com a candidatura à presidência do Sporting Clube de Portugal, fi-lo sobretudo por Sportinguismo, espiríto de missão e por ter a certeza de que era essencial existir uma alternativa à Direção do Sporting CP de então, sendo fundamental haver alguém a alertar para o perigo de um segundo mandato. Não ganhei, mas aprendi. Este ano, quando se colocou o cenário de eleições, não tinha como condição imprescindível voltar a avançar e, na altura em que decidi fazê-lo, foi sobretudo por não ver em nenhum dos candidatos assumidos até à data em que avancei, a capacidade para assumir a condução do Sporting Clube de Portugal.
As eleições têm lugar já no próximo sábado, 8 de setembro, e com esta alteração passam a ser seis os candidatos à liderança do clube, sendo eles João Benedito (lista A), José Maria Ricciardi (B), Frederico Varandas (D), Rui Jorge Rego (E), José Dias Ferreira (F) e Fernando Tavares Pereira (G).
Uma sondagem recente para as publicações do Grupo Cofina (Record, Correio da Manhã e para a CMTV) dão como favoritos João Benedito (37,7%) e Frederico Varandas (36,2%), com empate técnico.
Estas eleições têm lugar na sequência da saída de Bruno de Carvalho — que ameaçou ontem impugnar estas eleições — que foi destituído do cargo na reunião magna de junho, com 71,36% dos votos, e posteriormente suspenso de sócio pela Comissão de Fiscalização criada na sequência da demissão da maioria dos membros do Conselho Fiscal e Disciplinar.
Na sequência da decisão, foram convocadas eleições para os órgãos sociais do clube, para o próximo sábado, 08 de setembro, e Bruno de Carvalho viu a sua candidatura rejeitada pela Mesa da AG, com base no facto de o ex-presidente estar suspenso de sócio.
Lusa

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