segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Rui Rio exige que Governo divulgue parecer técnico da DGS sobre a festa

O presidente do PSD, Rui Rio, considerou "ridículo e inaceitável" que a Direção-Geral da Saúde (DGS) não divulgue o parecer técnico sobre a realização da Festa do Avante!, exigindo que o Governo socialista o faça.

"Ridículo e inaceitável!", escreveu no domingo Rui Rio, na plataforma social Twitter, horas depois de a DGS ter anunciado a entrega da versão final do parecer técnico sobre a Festa do Avante! ao PCP, remetendo a divulgação do seu conteúdo para o partido, "se assim o entender".
A insensata DGS está pura e simplesmente a gozar com todos nós. Em democracia, pior era impossível", criticou o líder do PSD, defendendo que "impõe-se, agora, que o Governo, que tutela este serviço, faça a divulgação do documento".
"Para todos percebermos o que é que a DGS está a querer esconder", sustentou Rui Rio.
A DGS anunciou no domingo, numa nota de imprensa, que entregou ao PCP nesse dia, "tal como estava previamente previsto", o parecer final sobre a realização da Festa do Avante! durante a pandemia de covid-19.
Contudo, a DGS entende que compete à "entidade organizadora" do evento comunista, que solicitou o parecer técnico, divulgar o seu conteúdo "se assim o entender".
Na quarta-feira, o PCP, que organiza a Festa do Avante! entre 04 e 06 de setembro, na Atalaia, no concelho do Seixal, considerou que é a DGS que deve "dar a conhecer relatórios, pareceres ou outras reflexões que tenha produzido, esteja a produzir ou venha a produzir".
"A DGS não divulgará o conteúdo deste parecer, à semelhança de todos os pareceres técnicos entregues até ao momento, cabendo à entidade organizadora fazê-lo, se assim o entender", vincou no domingo a autoridade de saúde na nota enviada aos meios de comunicação social.
A nota surgiu depois de o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, se ter manifestado, em Monchique, no Algarve, preocupado com a indefinição de orientações pela DGS para a realização da Festa do Avante!, lamentando que a cinco dias do evento não fosse conhecida "a posição das autoridades sanitárias sobre as regras" a serem aplicadas.
Para o chefe de Estado, impunha-se saber com clareza as regras para se perceber se "há respeito pelo princípio da igualdade", o de "tratar igualmente situações iguais".
Lusa

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