segunda-feira, 7 de junho de 2021

Campanha internacional apela a que “Escute o seu coração”

 “Escute o seu coração" é o mote da campanha global lançada pela Atrial Fibrillation Association e pela Arrhytmia Alliance. Uma campanha internacional envolve organizações de todo o mundo e que em Portugal conta com o apoio da Fundação Portuguesa de Cardiologia. “Escute o seu coração” apela à importância de conhecermos o nosso ritmo cardíaco e assim detetarmos possíveis arritmias, mostrando que podemos começar por um simples gesto, a verificação do pulso. Um procedimento simples que leva 30 segundos e que pode salvar vidas.

Começa hoje, 7 de junho, a Semana Mundial do Ritmo Cardíaco. A Fibrilhação Auricular (FA), é arritmia cardíaca mais comum em todo o mundo, e a responsável por 20 a 30 % dos acidentes vasculares cerebrais isquémicos.

Para assinalar a data, a Fundação Portuguesa de Cardiologia associa-se à Atrial Fibrillation Association  e à Arrhytmia Alliance para dar a conhecer a campanha global que, sob o mote “Escute o seu Coração”, incentiva a deteção de arritmias como a FA através de uma simples verificação do pulso. Bastam 30 segundos.

Em Portugal, a campanha é apoiada pela Fundação Portuguesa de Cardiologia, para quem a deteção precoce e o controlo das arritmias são fundamentais. “O diagnóstico atempado de arritmias como Fibrilhação Auricular pode revelar-se decisivo na prevenção de complicações como AVCs, insuficiência cardíaca, demência ou mesmo morte súbita. Grande parte das arritmias podem ser controlada através da gestão de comportamentos, hábitos de vida e medicação. Quanto mais cedo a detetarmos, maior a probabilidade de sucesso teremos no seu controlo.”, explica Manuel Carrageta, Presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia.

 Fibrilhação Auricular é a arritmia mais comum

A partir dos 40 anos de idade, a prevalência da Fibrilhação Auricular entre os portugueses ronda os 2.5 %. Ao passar os 65 anos, uma em cada dez pessoas terá desenvolvido esta arritmia.

Embora bastante prevalente, grande parte dos casos de Fibrilhação Auricular é silenciosa. Só se deteta demasiado tarde e depois de deixar sequelas ou de um episódio grave, como é o caso de um Acidente Vascular Cerebral. A deteção precoce e o controlo desta arritmia são, por isso, fundamentais para a manutenção de uma boa qualidade de vida, sobretudo em determinadas faixas etárias.

A partir dos 65 anos, devemos ter particular atenção a sinais nem sempre claros como batimento cardíaco descoordenado, pulsação rápida e irregular, tonturas, sensação de desmaio, perda do conhecimento, dificuldade em respirar, cansaço, confusão ou sensação de aperto no peito.

É, por isso, aconselhável que, nestas idades, para além do controlo parâmetros como o peso, a tensão arterial ou o colesterol, se avalie o ritmo cardíaco e as pulsações de forma regular. Qualquer pessoa o pode fazer, de forma simples, através da auto-avaliação do pulso.

Prevenção do AVC

Uma vez diagnosticada Fibrilhação Auricular, o risco de AVC pode ser reduzido significativamente através de terapêutica anticoagulante. Tal como na maioria dos países europeus, em Portugal, as normas aconselham a que se ministrem os Novos Anticoagulantes Orais, também conhecidos como NOAC. Consoante a prescrição, a medicação poderá ser tomada uma ou duas vezes ao dia.

O bom controlo desta arritmia, e a consequente manutenção da qualidade de vida dependem, também, do cumprimento escrupuloso da terapêutica. Qualquer alteração, deverá ser validada pelo médico assistente.

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