segunda-feira, 22 de abril de 2024

Cantanhede | Terminou em Febres com a peça “Processo 8868” de Zé Paredes. Câmara Municipal faz balanço positivo de mais uma edição do Ciclo de Teatro


O XXIV Ciclo de Teatro Amador do Concelho de Cantanhede terminou no último sábado, 20 de abril, cerca de quatro meses depois de ter iniciado. Promovido pela Câmara Municipal para estimular e potenciar a atividade teatral no concelho, envolveu 17 grupos cénicos e mais de 400 atores e outros intervenientes, que asseguram diversas tarefas inerentes à produção e montagem dos espetáculos de cerca de quatro dezenas de atuações.
O Ciclo de Teatro de 2024 foi uma das edições mais assistidas de sempre, projetando desta forma o trabalho dos grupos de teatro para o resto do ano em toda a região, comprovando o legado, a vitalidade e o futuro das artes cénicas no concelho de Cantanhede.

A última jornada do Ciclo de Teatro Amador de Cantanhede abriu com a representação da peça “Processo 8868” de Zé Paredes, interpretada pelo CITAC – Círculo de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra, no palco do Pavilhão Multiusos de Febres.
O encerramento da 24.ª edição contou com a presença da presidente da Câmara Municipal de Cantanhede, Helena Teodósio, do vice-presidente da autarquia, Pedro Cardoso, e dos vereadores Célia Simões e Fernando Pais Alves.

Na ocasião, a líder do executivo camarário elogiou o trabalho e o desempenho de todos os envolvidos nesta jornada e enalteceu a escolha desta peça para o encerramento do Ciclo de Teatro, num ano em que se comemora o cinquentenário do 25 de Abril de 1974.

“Processo 8868” é uma peça inspirada em factos verídicos que envolvem a censura ocorrida durante o Estado Novo, que vigorou em Portugal 41 anos ininterruptos, desde a aprovação da Constituição Portuguesa de 1933 até ao seu derrube pela Revolução de 25 de Abril de 1974.

“Esta encenação teatral lembrou-nos da importância de olhar para o passado para compreender a nossa história e saber como podemos e devemos imaginar o futuro. A atividade cénica é uma poderosa ferramenta para transmitir mensagens e provocar reflexões”, frisou Helena Teodósio.

Já a “pluralidade de géneros apresentados, desde a comédias, tragédias e musicais, aliada ao crescendo de qualidade dos espetáculos, reflete a evolução dos grupos de teatro, que tem revertido numa maior recetividade junto da população”, acrescentou.

Por seu lado, o vice-presidente da autarquia, com o pelouro da Cultura, Pedro Cardoso, referiu que foi com “chave de ouro” que se fechou esta grande temporada.

“O balanço desta jornada é muito positivo, com os 17 grupos amadores de teatro do concelho - os grandes protagonistas deste Ciclo de Teatro - a mostrarem uma qualidade crescente, nas 36 sessões de teatro ao longo de 4 meses, e que fizeram do concelho um megapalco das artes cénicas. Com uma diversidade de trabalhos, dramas, comédias, musicais, revista, e interpretação de obras de autores consagrados e obras originais de autores locais, os grupos de Teatro têm em comum a mesma paixão por esta forma de arte”, sublinhou Pedro Cardoso.

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Após a interpretação do CITAC, foram atribuídos os certificados individuais de participação no XXIV Ciclo de Teatro Amador de Cantanhede a todos os elementos dos diversos grupos de teatro envolvidos.

Este projeto tem vindo a ser organizado desde 1998, com o objetivo de incentivar a dinamização desta atividade, através do apoio às associações que desenvolvem ou queiram desenvolver atividade neste domínio.

Nesse sentido, e à semelhança de anos anteriores, foi organizado um programa de atuações que deu oportunidade aos grupos de teatro de apresentarem o seu trabalho cénico em locais diferentes do concelho.

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