- Porém, em 2024 há mais encarregados a afirmar ter total capacidade para financiar a educação (42% +6 pontos).
- 63% consideram que o próximo ano letivo vai correr melhor, -2 pontos face ao ano anterior.
- Potenciais violência/ bullying na escola (46%), impacto de greves no ensino (46%), discriminação (41%) e gastos com o material escolar (27%) são algumas das preocupações.
Todos os anos, o início de um novo ano letivo é um momento que gera grande expetativa quer junto de encarregados de educação, quer dos estudantes. À medida que os educandos se preparam para voltar às aulas, muitos educadores lidam com uma série de preocupações. Este ano, segundo o Observador Cetelem, marca do grupo BNP Paribas Personal Finance, verifica-se que as expetativas da maioria dos encarregados de educação em relação ao próximo ano letivo são de que corra melhor face ao anterior. No entanto, constata-se uma ligeira descida comparativamente ao ano passado (63%; -2 pontos).
Entre os principais motivos para a maioria afirmar que o ano irá correr melhor estão a perceção de que o aluno a seu cargo está mais adaptado à escola (53%), mas também por ter mudado de ciclo/ano (28%); ou a expetativa de disponibilização de apoio escolar (19%). No entanto, entre os encarregados de educação que têm uma perspetiva mais negativa (6%), aponta-se a falta de professores, a dificuldade das escolas em apoiarem os alunos e a situação financeira do agregado.
Já na lista das principais preocupações da totalidade de encarregados de educação inquiridos destacam-se a potencial violência/bullying na escola (46%), o potencial impacto greves no ensino (46%, menos 10 pontos), a discriminação na escola (41%) e os gastos com o material escolar (27%).
Neste âmbito, importa destacar que embora existam mais encarregados de educação com uma perceção melhor sobre a sua capacidade financeira para enfrentar o próximo ano letivo – com 29% a avaliá-la como “excelente” e “boa” (mais 5 pontos percentuais); menos de metade (42%) afirmam ter total capacidade para financiar a educação (versus 36% em 2023). A maior fatia, 47%, consideram o custo da educação como uma fonte de stress ou temem não conseguir financiá-la e 10% expressam mesmo dificuldade e afirmam precisar de apoio.
Metade dos encarregados de educação não têm poupanças destinadas à educação
Para fazer face a estes gastos, 48% dos encarregados de educação revelam igualmente que não têm uma poupança destinada para fins educativos (-7 pontos face a 2023), sendo que destes 29% tencionam constituir uma poupança no futuro e 19% não o preveem fazer. Já 18% dos encarregados de educação que têm uma poupança afirmam que não vão gastá-la neste regresso às aulas, enquanto 33% precisarão de fazê-lo.
Por outro lado, 44% dos encarregados de educação tencionam utilizar o cartão de crédito no regresso às aulas, um número mais baixo quando comparado com o ano passado. No entanto, os valores a serem gastos por quem tem cartão de crédito são superiores: 390 euros, mais 60 euros do que em 2023. Já 35% têm intenção de recorrer ao crédito pessoal.
Recorde-se que o mesmo estudo já tinha revelado que, em média, os educadores preveem gastar 598 euros, um valor abaixo das previsões do ano passado (menos 34 euros).
Estudantes adultos tencionam gastar 553 euros nas compras de regresso às aulas
Este ano, 1 em 4 adultos tencionam igualmente voltar a apostar na formação, tendo como motivação o desenvolvimento pessoal e profissional, sendo que 24% destes pretendem completar o seu grau académico e 28% optaram por uma formação prática.
Em média, tencionam gastar 553 euros nas compras de material para o regresso às aulas, e o curso que irão frequentar tem como valor médio previsto de mensalidade 198€. 4 em cada 10 tencionam utilizar o cartão de crédito no regresso às aulas, tencionando gastar em média 409€, mais 53€ que no ano passado. Por outro lado, 46% dos estudantes adultos ponderam recorrer ao crédito pessoal, neste caso, menos do que no ano anterior.
Verifica-se ainda uma melhoria na perceção da capacidade financeira entre os estudantes adultos que pretendem este ano regressar à escola versus os que o fizeram no ano anterior: 36% avaliam a situação como excelente/boa (+8 pontos); e diminui os que indicam ser má (16%, -9 pontos).
*Andreia Martins
Consultora Sénior de Comunicação
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