quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Nossa Senhora e Buda no mesmo altar! — Pastoral ou Autodemolição?

Marcos Luiz Garcia
Ecumenismo
O ano do centenário das aparições de Fátima está chegando ao fim. Que balanço poderíamos fazer até o momento?

Sinais de conversão sincera? Uma ínfima minoria.
Sinais de agravamento no pecado? Infelizmente, a maioria.
Porém, o mais acabrunhador dentro de todo o triste panorama é a crise no seio da Santa Igreja, Católica, Apostólica, Romana. Conforme repetia sempre o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira: “A ÚNICA Igreja verdadeira do ÚNICO Deus verdadeiro”.
Constatamos que durante dois mil anos as falsas religiões foram sempre tratadas como grave perigo para a preservação dos católicos, devido ao forte atrativo que o erro inspirado e espalhado pelos demônios pode exercer sobre os bons, cujas almas querem roubar da Igreja.
Atualmente estamos vendo o contrário sendo praticado de forma escandalosa, desabrida, escancarada. E a mistura das religiões vai sendo realizada nas mentes de católicos, já muito esvaziadas de conteúdo sério e recheadas de um falso amor inócuo e sentimental que não passa, em muitos casos, de efêmera hipocrisia.
Imagine se para recuperar laranjas podres, alguém resolvesse colocar no meio delas uma laranja sã, na esperança de que esta recupere as demais. É evidente que as podres apodrecerão a laranja boa! Tal estratégia seria no mínimo ingênua.
Mas a nossa situação é ainda muito pior. As laranjas podres estão sendo tratadas como boas, e quem as mistura considera que laranjas podres e boas são a mesma coisa. E se esforça por fazer essa mistura.
Ecumenismo
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O site Fratres in Unum publicou que no último 28 de outubro foi realizado um ato ecumênico em um templo budista em Cotia, onde num mesmo altar foram colocados a imagem de Nossa Senhora Aparecida e a de Buda. Além do maisa estátua budista colocada num nível superior à imagem de Nossa Senhora Aparecida. O ato contou com a presença de altas autoridades da Igreja Católica — cujos nomes não declinamos por respeito aos insignes cargos de que se acham revestidas —, as quais chegaram a acender bastonetes de incenso budista em sinal de culto, em pé de igualdade, a Buda e a Nossa Senhora Aparecida! Participaram dez sacerdotes, quase todos rigorosamente paramentados de modo tradicional…

No cartaz-convite, ilustrado pela imagem de Nossa Senhora e Buda colocados lado a lado, lê-se: “Venha reverenciá-los e celebre conosco esse momento de união, fortalecendo o nosso compromisso com a fé e com a paz”.
Não se entende como a participação de católicos nesse culto blasfemo pode se compaginar com a verdade inabalável, proclamada há dois mil anos pelo Credo, desde o tempo dos Apóstolos: Credo… [in] unam, sanctam, catholicam et apostolicam Ecclesiam (“Creio na Igreja una, santa, católica e apostólica”).
Não se entende como a atitude desses católicos, de acender incenso ao ídolo de Buda, pode se compaginar com o ensinamento divino contido nas Sagradas Escrituras: “Omnes dii gentium daemonia” (Sl. 95, 5) — “Todos os deuses dos gentios são demônios”.
Como coadunar esse ato de culto “ecumênico” — aliás muito semelhante aos que estão sendo feitos a Lutero, ao protestantismo, ao judaísmo, e agora às religiões esotéricas orientais, como o budismo — com essas verdades católicas fundamentais?
Será isso tudo uma “estratégia pastoral” ou, como definiu Paulo VI, uma autodemolição da Igreja?
É muito oportuno recordar a afirmação de São Pio X sobre o modernismo, do qual ele disse: “Não se afastará, portanto, da verdade quem os tiver como os mais perigosos inimigos da Igreja. Estes, em verdade, como dissemos, não já fora, mas dentro da Igreja, tramam seus perniciosos desígnios; e por isto, é por assim dizer nas próprias veias e entranhas dela que se acha o perigo, tanto mais ruinoso quanto mais intimamente eles a conhecem”. (Encíclica de São Pio X sobre as Doutrinas Modernistas, Pascendi Dominici Gregis, de 8-9-1907, Editora Vozes Ltda, Petrópolis, 1948, p. 4).      
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Outro fato chocante se deu na Bélgica, onde jovens católicos foram retirados à força da Catedral de Bruxelas pela polícia [foto ao lado], a pedido da autoridade eclesiástica, por começarem a rezar o terço em sinal de protesto pelo ato “ecumênico” que ali se realizava para comemorar os 500 anos da rebelião de Lutero contra a Igreja. O terço iniciou a ser rezado no momento em que um pastor protestante começou a fazer a sua arenga, na hora da homilia.

Chegamos a essa inversão de situação: os verdadeiros católicos são expulsos da igreja, enquanto os lobos são chamados para participar do culto. Dá o que pensar… Quem desejar assistir ao vídeo dessa chocante cena na Bélgica, entre no link https://youtu.be/RxfWn_j8iwQ.
Que Nossa Senhora de Fátima apresse sua intervenção nos acontecimentos. Aconteça o que acontecer, por fim, Ela esmagará a cabeça da serpente e VENCERÁ!

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