quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Seis anos de prisão por matar jovem de 14 anos em Gondomar

 Mário ‘Fumado’ condenado por homicídio CMTV
O tribunal de São João Novo, no Porto, condenou esta quinta-feira Mário Sousa a seis anos de prisão, por homicídio qualificado de um jovem de 14 anos, em 2016, em Gondomar.
A pena foi atenuada pelo regime de jovem, tendo em conta que o arguido tinha 16 anos (tem 17 atualmente) quando se deu o crime.
Segundo o Ministério Público, a 27 de agosto de 2016, os dois jovens envolveram-se numa discussão, motivada por uma desavença que mantinham na rede social Facebook, por causa de uma namorada.
Na sequência dessa discussão, o acusado, Mário Sousa, agrediu com um mosquetão a vítima que, dois dias depois, acabou por morrer no Hospital São João, no Porto.
No início do julgamento, a 25 de outubro, o jovem de 17 anos, acusado de um crime de homicídio qualificado, assumiu que "nunca teve intenção de o matar".
Durante o seu depoimento, o arguido confessou ter trocado "várias" mensagens com a suposta namorada da vítima e ter deixado um comentário numa fotografia da mesma, que lhe teria dito que já não namorava.
"Depois de ter feito esse comentário, ele [vítima] ficou desagradado com isso e começamos a trocar mensagens desagradáveis no Facebook, porque ele estava com ciúmes", referiu.
Contrariando a acusação, o arguido ressalvou que "nunca" vigiou a vítima e que, apesar de morarem a 700/800 metros um do outro, não tinham qualquer relação de amizade ou confiança.
Na noite do incidente, o arguido contou que, no final do jantar, foi comprar cigarros, após o que se cruzou com o jovem de mão dada com a namorada.
"Ele deu-me logo um soco no olho, no nariz e um pontapé na anca e eu agarrei no mosquetão e dei-lhe um soco, foi só um, ele caiu para trás e eu fugi", explicou.
Inicialmente, o jovem ficou em prisão preventiva (medida de coação mais gravosa), estando agora com obrigação de permanência na habitação com vigilância eletrónica.
Já a namorada da vítima adiantou que na noite dos factos, eles iam de mão dada pela rua abaixo para apanhar o metro, quando foram surpreendidos pelo arguido.
"Foi ele [arguido] que começou a agredi-lo e ele só se defendeu, eu ainda tentei impedir ao pôr-me ao meio, mas não consegui", ressalvou.

Fonte: JN/Lusa
Foto: Global Imagens

Nenhum comentário:

Postar um comentário