quinta-feira, 30 de julho de 2020

Cantanhede | Em causa o serviço prestado pela empresa


Helena Teodósio recebeu trabalhadores dos CTT em greve

A presidente da Câmara Municipal de Cantanhede, Helena Teodósio, recebeu hoje, 30 de julho, um grupo de trabalhadores dos CTT que estão em greve porque consideram ser “a única forma para fazer ver à gestão da empresa que está a prejudicar os trabalhadores e as populações”. Os carteiros afirmam estar “em luta pela melhoria da qualidade do serviço, pela distribuição diária do correio e pela defesa do serviço postal universal”, acusando a administração do “mau serviço prestado aos clientes/utentes, às empresas e ao país”, devido à “desorganização” e à “falta de trabalhadores”.
O comunicado entregue à líder do executivo camarário cantanhedense refere que “muitas vezes a distribuição era efetuada apenas uma vez por semana, mas nesta altura existem registos com 10 e 15 dias de atraso, correio azul entregue mais de uma semana depois do previsto, o correio expresso chega a ter atrasos de 2 e 3 dias e milhares de cartas com faturas para pagar são entregues fora do prazo de pagamento”.
Confrontada com estas acusações, Helena Teodósio manifestou-se preocupada com a situação descrita “por quem está particularmente bem colocado para avaliar as condições em que o serviço de distribuição de correio está a ser prestado e demonstra estar empenhado em evitar a degradação desse serviço, defendendo a adoção de medidas que contribuam para a sua valorização. Os trabalhadores não estão a fazer reivindicações relacionadas com aspetos salariais ou outras do estrito foro interno da empresa, o que aqui está em causa é uma questão que também diz diretamente respeito a todos os munícipes e aos agentes económicos e sociais do concelho, pelo que não é indiferente ao executivo camarário”.

Segundo Helena Teodósio, “se pela distribuição de correio e de encomendas são cobrados valores em função da rapidez das entregas, é evidente que os prazos não podem deixar de ser cumpridos, porque isso representa incómodos e prejuízos, quer para os remetentes, quer para os destinatários. Creio que é do maior interesse dos CTT serem criados mecanismos e desenvolvidos processos que permitam eliminar os atrasos identificados pelos trabalhadores e que a população já tem vindo a sentir desde há algum tempo, pois se assim não for é o próprio prestígio desta empresa com 500 anos de história que ficam em causa”.
No encontro com os carteiros do concelho, a autarca declarou que “vai suscitar esta questão junto da administração da empresa, da Anacom, da CIM-Regição de Coimbra e da Associação Nacional de Municípios”.


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