quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Bolsonaro afirma ser a “prova viva” da eficácia da cloroquina

O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, afirmou hoje ser a "prova viva" da eficácia do cloroquina contra a covid-19, fármaco sem comprovação científica na cura da doença, e que disse ter tomado quando esteve infetado.

Sabemos que mais de 100 mil pessoas morreram no Brasil. Caso tivessem sido tratadas desde o início com esse medicamento, muitas mortes poderiam ter sido evitadas. Aqueles que criticaram a cloroquina não apresentaram alternativas", declarou Jair Bolsonaro, num evento público realizado em Belém, capital do estado do Pará.
Bolsonaro, um dos chefes de Estado mais céticos em relação à gravidade da pandemia, contraiu o novo coronavírus em julho e afirmou que recuperou graças à cloroquina, um fármaco usado no tratamento de doenças como a malária, mas cuja eficácia contra a covid-19 é colocada em dúvida pela maioria da comunidade científica internacional.
Também contraíram o vírus, e já recuperaram, nove ministros do atual executivo brasileiro, assim como a própria mulher do Presidente, Michelle Bolsonaro, que permanece em confinamento e que na quarta-feira soube da morte de sua avó materna, de 81 anos, vítima da covid-19.
No evento em Belém, Jair Bolsonaro anunciou que o Governo federal vai enviar 400 mil comprimidos de cloroquina às autoridades estaduais do Pará, porque mesmo "sem comprovação científica, há muitos médicos que recomendam".
O estado do Pará, localizado na Amazónia brasileira, tem cerca de oito milhões de habitantes e, segundo os últimos balanços oficiais, registou até ao momento 173.625 casos do novo coronavírus e um total de 5.917 mortes.
O Brasil totaliza 104.201 óbitos e 3.164.785 casos confirmados de covid-19 desde o início da pandemia, sendo o segundo país mais atingido pela doença no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos da América.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 749 mil mortos e infetou mais de 20,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Lusa

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