terça-feira, 20 de abril de 2021

Cancro de Pulmão | Rede Ibero-americana

 Centro Hospitalar do Porto em rede para melhorar formação sobre cancro pulmonar.

Investigadores do Centro Hospitalar Universitário do Porto integram uma rede, juntamente com investigadores espanhóis, colombianos, argentinos e peruanos, que visa promover a educação e formação contínua do cancro do pulmão.

Em comunicado, o Centro Hospitalar Universitário do Porto explica que o intuito é unir «sinergias para melhorar as perspetivas do tumor com maior mortalidade do mundo».

O cancro de pulmão é uma das principais causas de morte «silenciosas» do mundo, originando quase «três mortes por minuto, terminando 4 mil vidas por dia e 1,59 milhões de vidas a cada ano».

Em Espanha e Portugal, o cancro do pulmão afeta mais de 30 mil pessoas anualmente e na América Latina é a causa de pelo menos 60 mil mortes anuais, representando 12% das mortes por cancro nessa região.

Em 2020, foram diagnosticados 5.420 novos casos de cancro de pulmão em Portugal e perto de 4.800 pessoas morreram vítima da doença.

Rede visa promover a educação e a formação contínua
Os investigadores portugueses, espanhóis, colombianos, argentinos e peruanos criaram a Rede Ibero-americana de Cancro de Pulmão (REDICAP), que tem como um dos principais objetivos «promover a educação e a formação contínua» deste tipo de tumor.

«É necessário melhorar a deteção, o tratamento e a prevenção da patologia e, por isso, os especialistas esperam que a aliança REDICAP também desenvolva o seu trabalho como órgão consultivo em termos de linhas estratégicas de atuação», acrescenta.

Para os especialistas da rede, os principais desafios associados a esta patologia são «melhorar a informação sobre o impacto do consumo de tabaco, sendo que o aumento da mortalidade de mulheres com este cancro é uma preocupação especial».

O diagnóstico precoce da doença e o acesso dos pacientes a tratamentos inovadores são, para os especialistas, «pontas de lança para aumentar a sobrevivência».

Citado no comunicado, o Diretor do Serviço de Oncologia Médica do Centro Hospitalar e representante português da rede, António Araújo afirma que a criação desta rede de estudo no cancro do pulmão «é de extrema importância».

«Os problemas que enfrentamos a este nível, pela similaridade dos povos, da língua e do comportamento são muito sobreponíveis e requerem ações semelhantes. Esta rede vai permitir-nos ganhar consistência nas nossas posições, desenvolver ações com maior impacto a nível dos médicos e das populações, homogeneizar o estudo, o ensino e o tratamento do cancro do pulmão e sermos mais audíveis pelos decisores políticos, no que toca a políticas que envolvam o tabaco e este cancro», salienta o médico.

A REDICAP é presidida pelo Grupo Espanhol de Cancro de Pulmão (GECP), nomeadamente pelo Diretor do Serviço de Oncologia do Hospital Universitário Puerta de Hierro de Madrid, Mariano Provencio.

A rede conta ainda com o Chefe da Oncologia Torácica do Instituto Alexander Fleming de Buenos Aires, Cláudio Martin, e do Diretor médico da Clínica Aliada de Lima, Carlos Carracedo.

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