quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

ADOLESCENTE ALEMÃ ADMITE TER INVENTADO QUE FOI VIOLADA POR MIGRANTE


 
Uma adolescente alemã de origem russa que alegava ter sido atacada por um grupo de refugiados confessou que a história foi, afinal, inventada.
No meio da onda de indignação após os ataques em Colónia, Lisa, de 13 anos, foi dada como desaparecida pela família no dia 11 de janeiro, em Berlim. Os pais reportaram a situação às autoridades quando a jovem não regressou a casa, no distrito de Marzahn.
A adolescente reapareceu 30 horas depois, com ferimentos na face, explicando que tinha sido raptada e violada por um grupo de refugiados que devia ser oriundo do Norte de África ou do Médio Oriente.
O alegado ataque chegou a motivar incidente diplomático entre Berlim e Moscovo, mediante as declarações dos pais da jovem que criticavam a atuação das autoridades alemãs, que consideravam não estar a investigar com o devido cuidado as alegações da filha. O ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, chegou mesmo a pronunciar-se, acusando a Alemanha de excesso de “politicamente correto” por ter mantido as investigações em segredo quando a adolescente estava desaparecida.
Mas, afinal, havia uma razão para a aparente despreocupação da polícia.
Entrevistada por agentes especializados três dias depois do alegado ataque, Lisa tinha admitido que a história do rapto e violação era falsa.
De acordo com o jornal The Guardian, o porta-voz da procuradoria alemã, Martin Steltner, explicou que Lisa não quis regressar a casa depois de a escola ter contactado os pais na sequência de um incidente que teria acontecido no estabelecimento de ensino. Os registos telefónicos demonstram que a jovem passou a noite em casa de uma amiga, que não foi considerada suspeita no processo.
A mãe de Lisa disse à revista Der Spiegel que a filha estava “muito mal”, estando a receber tratamento psiquiátrico.
Porém, antes de ser conhecida esta versão dos factos, as acusações da adolescente – que surgiam ainda no rescaldo da onda de ataques em Colónia, na passagem de ano – despertaram a fúria de vários cidadãos, tanto de grupos nacionalistas alemães como da comunidade russo-alemã, que chegou a organizar um protesto apoiado pelo grupo Bärgida, ligado ao movimento xenófobo “Europeus Patriotas contra a Islamização do Ocidente” (Pegida).
Também o partido nacional de extrema direita levou a cabo uma manifestação em Marzahn contra os ataques de refugiados.
ZAP

http://zap.aeiou.pt/adolescente-alema-admite-ter-inventado-que-foi-violada-por-migrante-99701

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