terça-feira, 19 de julho de 2016

SE FOSSE PRECISO, THERESA MAY AUTORIZAVA UM ATAQUE NUCLEAR


 
A nova primeira-ministra britânica admitiu que não teria problemas em autorizar um ataque com recurso a arsenal nuclear que poderia resultar na morte de 100 mil pessoas.
A pergunta foi feita pelo deputado George Kerevan, do Partido Nacionalista Escocês, durante um debate na segunda-feira no Parlamento britânico, e a resposta da nova primeira-ministra foi curta e grossa: “Sim”.
Segundo o The Guardian, o deputado escocês questionou a recentemente eleita chefe do Governo se estaria disposta a autorizar um ataque nuclear, mesmo que isso pudesse pôr em causa a vida de cem mil pessoas.
“E devo dizer aos honrados senhores que o objetivo dos meios de intimidação é que os nossos inimigos saibam que estamos preparados para usá-los”, acrescentou Theresa May.
Em causa estava a discussão sobre o Trident, o programa nuclear britânico, cuja renovação foi aprovada por 355 deputados, a maioria da bancada conservadora e mais de metade do Partido Trabalhista.
Apesar de vários deputados da sua bancada terem votado a favor, o líder trabalhista Jeremy Corbynaponta o dedo à primeira-ministra e defende o desarmamento nuclear do Reino Unido.
“Vou deixar muito claro que eu não tomaria uma decisão que mataria milhões de pessoas inocentes. Não acredito que a ameaça de homicídio em massa seja a forma legítima de gerir as relações internacionais”, afirmou.
O trabalhista disse ainda que o Reino Unido devia seguir a posição de outros países, como é o caso da África do Sul, Líbia, Ucrânia, Argentina, Brasil ou Cazaquistão, que estão seriamente a abandonar os programas nucleares.
“É tempo de nos movermos rapidamente para o caminho do desarmamento“, sugeriu Corbyn.
Além dos restantes trabalhistas que votaram contra a renovação do programa militar, a começar pelo seu líder, também se juntaram todos os deputados do Partido Nacionalista Escocês e os liberais democratas.
ZAP

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