sexta-feira, 6 de outubro de 2017

POLÍTICA Montenegro não avança e abre caminho a Rangel

Rui Rio e Paulo Rangel são agora os nomes dados como mais prováveis na corrida à liderança do maior partido da oposição. Se a escolha do novo presidente acontecer em Dezembro, como sugeriu Passos, o partido pode contar com um novo líder no arranque de 2018.

Montenegro não avança e abre caminho a Rangel
Luís Montenegro decidiu não avançar para a corrida à liderança do PSD, deixando o caminho aberto para Paulo Rangel, o outro passista que disputa uma base de apoio dentro do partido semelhante à do ex-líder parlamentar. Apenas cinco dias depois da derrota nas autárquicas que levou Passos a não se recandidatar a um novo mandato começa a ficar mais claro quem poderá estar na linha de partida além de Rui Rio, cuja candidatura deverá ser apresentada na próxima semana.  


"Após a reflexão que fiz, entendo que, por razões pessoais e políticas, não estão reunidas as condições para, neste momento, exercer esse direito", diz Montenegro, que pede que o partido faça um debate de ideias. "É determinante que o PSD não fulanize o debate interno e que seja capaz de discutir as ideias e os projectos  que deveremos apresentar aos portugueses."


Rui Rio e Paulo Rangel são agora os nomes dados como mais prováveis na corrida à presidência do maior partido da oposição. Aberta a porta à saída de Passos - pelo próprio - logo no domingo à noite, na terça-feira o ainda presidente do partido revelou que não se recandidata à liderança.

Rui Rio, o ex-autarca do Porto, era já um candidato dado como certo mesmo antes das eleições autárquicas, que ditaram uma derrota para o PSD, que perdeu  a presidência de sete autarquias nas eleições de domingo. Mas a noite do Conselho Nacional foi decisiva para perceber se haveria outro candidato que não deixasse Rui Rio ir sozinho às eleições internas do partido. No discurso em que anunciou a decisão de não se recandidatar, não passou despercebidoaa menção de Passos a Paulo Rangel, o eurodeputado e vice-presidente do Partido Popular Europeu (PPE), a família política onde o PSD se insere a nível europeu.


Estaria lançado o nome do candidato que serviria de continuidade para os passistas mas que poderia ter outros apoios - nomeadamente os que não quisessem apoiar Rio. O nome de Luís Montenegro - um passista que vinha de dentro - era uma possibilidade apontada até agora. Na passada noite de terça-feira, o ex-líder da bancada parlamentar manteve-se em jogo, dizendo ter "a responsabilidade de fazer a ponderação, de ouvir muitas pessoas".


Com a decisão de Montenegro, fica agora claro que só um passista - Paulo Rangel - avança contra Rio. A lógica é simples: um candidato da ala passista consegue agregar os fiéis a Passos Coelho e os que não querem Rio.


Sobra ainda Pedro Santana Lopes que já admitiu estar a ponderar se avança para uma candidatura.
Por estes dias, os eventuais candidatos a líder da oposição medem o pulso ao partido e tentam perceber que apoios têm. A Visão avançava esta semana que Rio poderá já ter 60% das estruturas do partido do seu lado. 

Além dos apoios dentro do partido - muito importantes na hora de escolher um líder - outro indicador relevante para a decisão final sobre quais os candidatos que avançam é perceber quais deles têm melhores condições para o "day after", ou seja para liderar a oposição e recuperar o partido até às legislativas de 2019.

    
Congresso um mês depois das directas

No início da próxima semana, o partido define o calendário para a eleição e consagração do novo presidente do partido. Passos abriu a porta a que as eleições possam acontecer em Dezembro, o que atira o congresso para Janeiro. É neste fórum que fica definida a estratégia do partido.


Os estatutos prevêem que depois das directas pode haver uma segunda volta - uma semana depois. Entretanto ocorre a inscrição dos delegados eleitos em directas e o prazo para entrega das moções temáticas.


O Conselho Nacional do PSD volta a reunir-se na próxima segunda-feira para marcar o calendário completo do partido.

Fonte: Jornal de Negócios

Comentário: a cadeira não pode ficar desocupada muito tempo, não é aconselhável. PPD/PSD dois num. Quantos lembram da união dos dois partidos? Podem ser tudo o que quiserem, menos democráticos..

J. Carlos

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