O representante do Banco Mundial em Moçambique revelou que “para cada Empresa Formal em Nampula, há 37 Empresas Informais”, como forma de ilustrar a concorrência desleal existente e que é um dos três principais obstáculos indicados pelo sector privado, à seguir a corrupção e o acesso ao financiamento. Porém o ministro da Indústria e Comércio discordou que todos que fazem negócios sem estarem registados sejam informais, “será mesmo informal ou fuga ao fisco?”
Intervindo no lançamento, semana passada do Doing Business subnacional, Mark Lundell revelou que: “Um inquérito recente das empresas em Moçambique, o Enterprise Survey levado à cabo pelo Banco Mundial, as empresas moçambicanas identificaram a concorrência desleal por parte de informais como um dos três principais obstáculos para a sua actividade, à seguir a corrupção e o acesso ao financiamento”.
“De acordo com essa pesquisa o tempo, as taxas e a documentação para Registo de um Empresa são as razões mais citadas pelo sector informal para não registarem os seus negócios. A pesquisa constatou também que para cada Empresa Formal em Nampula, onde são necessários 40 dias para iniciar um negócio, há 37 Empresas Informais, já na Cidade de Maputo, a cidade onde é mais fácil iniciar um negócio, levando apenas 17 dias, existem apenas 4 Informais para cada negocio Formal”, detalhou o representante do Banco Mundial em Moçambique.
Presente no mesmo evento o ministro da Indústria e Comércio não concordou com a constatação. “Eu continuo a definir o sector informal como todo aquele cujo custo marginal do seu trabalho é igual a zero, todo o resto que esteja fora desta definição permita-me deixar o desafio, será mesmo informal ou fuga ao fisco?”
“É um desafio para o pensadores, é um desafio para quem estuda a matéria, porque bem ao lado da minha casa, em frente de uma escola, portanto em completa violação de uma regra temos um mercado de álcool cujo proprietário no stock tem mais de 14 caixas de whisky, será este informal” questionou Ragendra de Sousa desafiando o Banco Mundial a trabalhar com o Governo para “a partir de definição correcta do problema, encontrarmos também as soluções correctas”.
Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique
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