quinta-feira, 21 de julho de 2016

FRANÇA “VINGOU-SE DE NICE” COM BANHO DE SANGUE NA SÍRIA


 
Ataque aéreo a Manbij provocou 140 mortos civis
Ataque aéreo a Manbij provocou 140 mortos civis
Pelo menos 260 civis morreram esta semana na Síria em dois ataques aéreo da coligação internacional contra o Estado Islâmico. Especialistas em política internacional consideram que esta poderá ser a vingança da França pelo massacre de Nice.
Esta quarta-feira, o governo sírio exigiu que a ONU tome medidas imediatas contra a França e os Estados Unidos, depois de dois ataques aéreos terem provocado 260 vítimas civis na Síria.
Em Manbij, na região de Aleppo, um ataque aéreo dos Estados Unidos provocou esta segunda feira 140 mortos. Segundo a AMN, as vítimas eram civis, com idades compreendidas entre os 20 e os 65 anos.
Na terça-feira, um ataque da Força Aérea da França provocou mais 120 mortos civis, na aldeia de Toukhan Al-Kubra, junto à fronteira turco-síria.
“O governo da República Árabe Síria condena, nos termos mais fortes, os dois massacres sangrentos perpetrados pelos franceses e norte-americanos, que lançaram mísseis e bombas contra civis”, declarou o Ministério dos Negócios Estrangeiros sírio, em comunicado citado pela RT.
Mas alguns analistas e especialistas em política internacional interrogam-se se este ataque não terá sido uma represália da França pelo massacre da semana passada em Nice, que provocou 84 mortes e mais de uma centena de feridos.
Daniel McAdams, especialista em política internacional e director do Instituto Ron Paulconsidera que o incidente desta quarta-feira na fronteira turco-síria pode ter sido um ato de vingança dos franceses pelo ataque terrorista em Nice.
O analista recorda que, após o ataque terrorista em Nice, o presidente francês François Hollandeprometeu “intensificar os bombardeamentos às posições do Estado Islâmico na Síria”, para enfraquecer e destruir a organização terrorista, que reivindicou uma série de atentados em todo o país.
“Fiel à sua palavra, o presidente francês matou mais de 120 civis na Síria“, acusa McAdams, “em retaliação por uma acção de um tunisino a residir em França, que se diz que nem sequer era muçulmano praticante”.
“Isto levanta algumas questões óbvias”, continua o analista.
“Porque razão 120 civis inocentes merecem morrer na Síria por 84 civis inocentes terem morrido em França?”, pergunta McAdams.
“E como espera a França evitar consequências trágicas da sua política agressiva no Médio Oriente, que continua a fornecer uma infindável argumentação aos recrutadores de terroristas?”, conclui.
O mundo parece ter entrado num trágico ciclo vicioso – sem solução à vista.
AJB, ZAP

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