quinta-feira, 21 de julho de 2016

Secretas confirmam ameaça direta de terrorismo em Portugal

 O relatório anual da Europol sobre as tendências das actividade terroristas em 2015, divulgado esta quarta-feira, alerta para a existência nesse ano de "recorrentes ameaças do Estado Islâmico (EI) contra a Península Ibérica e contra os Estados europeus que fazem parte da coligação militar" que combate o EI.

Segundo a edição desta quinta-feira do "Diário de Notícias", o SIS reconhece as ameaças do Daesh a Portugal no quadro geral da Península Ibérica, mas houve uma situação em que a ameaça foi directa. "Foi registada uma "menção ao nosso país através da apresentação, num vídeo de difusão da mensagem jihadista, da bandeira nacional inserida no conjunto de bandeiras de países que integram a coligação contra o Daesh", refere o director do SIS, Neiva da Cruz.

Outras ameaças contra a Portugal foram também divulgadas este ano, mas, depois de analisadas, foram desvalorizadas pelas autoridades portuguesas que monitorizam e investigam o terrorismo, avança o alto dirigente das secretas portuguesas ao mesmo jornal.

O Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo (OSCOT) não fica surpreendido com as ameaças ao Al Andalus, mas reduz o risco sobre Portugal em concreto. "Não é novo que uma das ambições estratégicas dos jihadistas é formar um grande califado que inclua o antigo Al Andaluz, de que fez parte Portugal", adianta ao DN o presidente do OSCOT, António Nunes.

Ainda assim, acrescenta,"Portugal não está na primeira linha: não temos participado de forma directa nas coligações que atacam o EI, não temos uma forte comunidade muçulmana nem esta serve de base de apoio a potenciais terroristas, não temos jihadistas extremistas, não temos valor estrutural, económico e social".

Lembrando que "nenhum país tem risco zero", António Nunes pensa que este "alerta" da Europol deve ser entendido como "um sério aviso aos países, como Portugal, para que mantenham um nível elevado de organização policial e de intelligence, de modo a terem uma rede que permitam alertas precoces sobre potenciais atentados e se consiga ou evitá-los ou, na pior das hipóteses, minimizar as consequências".


Fonte: Lusa

Comentário: em Portugal, depois de acontecer é que tomam medidas, sendo uma delas um rigoroso inquérito, cujas conclusões são conhecidas antes de se iniciar.

J. Carlos

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