segunda-feira, 7 de novembro de 2016

O Benfica exorcizou o minuto 92 (& duas notícias boas, para desenjoar)

Enquanto dormia
 
David Dinis, Director do público
Bom dia!
O Benfica exorcizou o minuto 92 no Dragão. Um FC Porto vintage, com uma qualidade pouco vista nas últimas três épocas, reduziu durante mais de uma hora o Benfica a vinagre. Mas quando parecia que as “águias” iriam ao tapete no campeonato, Lisandro exorcizou, para os benfiquistas, o minuto 92 no Estádio do Dragão (lembra-se de Kelvin?). A crónica do jogo é do David Andrade, a análise táctica do David Guimarães (que gostou sobretudo de Otávio) e a graça disto tudo está nos comentários do Miguel Esteves Cardoso e Francisco José Viegas, ao longo do liveblog (a quem tenho de agradecer). No aftermatch, os treinadores andaram entre o "saboroso" e o "magoado". Não é preciso dizer quem é quem, certo? 
Quem ontem ganhou em três campos foi o Sporting, que voltou ao segundo lugar e recuperou a esperança. Ganhou em três campos, mas empatou no túnel. Uns e outros só concordam nisto: a zaragata foi à porta da casa de banho.
O FBI voltou atrás - e deixou Hillary em paz. Afinal, não há indícios de crime nos novos emails de Clinton. A conclusão abre espaço a dois dias de campanha para a candidata, numa recta final de campanha muito extremada. Há quem tema violência no dia das eleições, explica-nos aqui a Maria João Guimarães.
A dois dias dos votos, veja bem o que estão a fazer os apoiantes de Hillary. E anote os verdadeiros vencedores das eleições: os trolls. Mas, mais importante, leia esta entrevista a David Birdsell, um especialista em comunicação política: “Ame-se ou odeie-se, a verdade é que muitas pessoas gostam de ver Donald Trump”.
Se quiser ler mais sobre o tema, já sabe: é só clicar aqui. Tem a Teresa de Sousa, o Rui Tavares, as reportagens e muitas notícias.

Duas boas notícias
As empresas estão a recorrer cada vez mais às universidades, para incorporar tecnologia e criar produtos inovadores. O Manuel Carvalho explica o como e o porquê, no dia em que arranca a Web Summit. 
15 anos depois, a descriminalização das drogas foi uma batalha ganha. O balanço oficial é feito amanhã, mas o PÚBLICO antecipou-lhe as estatísticas: diminuíram as doenças infecciosas, mortes por overdose e presos por crimes ligados à droga. Verdade que nem tudo é cor-de-rosa. Mas se passamos os dias a criticar os políticos, convém também assinalar as boas decisões. É essa a razão deste Editorial. Quanto ao futuro, será que estamos preparados para isto?
A notícia do dia
Ainda estamos a ouvir falar da Caixa. Porque há um membro do Governo a passar a pressão para Mário Centeno, empurrando António Domingues para o TC. Porque o Negócios põe uma data no compromisso assumido por Centeno com o gestor (acrescentando que teve três recusas na formação da equipa, pelos que não acreditaram que o Governo cumprisse a promessa). Domingues vai mesmo esperar (e pode mesmo demitir-se), cada vez mais interrogado com os zig-zags do Executivo.
E ainda vamos ouvir falar da Caixa porque Marques Mendes antecipou ontem que o TC vai mesmo exigir as declarações de rendimentos. E porque 19 políticos e gestores perderam os cargos por se recusarem a fazê-lo, em apenas 5 anos. Quem, afinal, entregou a tempo a declaração no tempo certo foi o ex-presidente da CGD. O TC, na sexta-feira, não tinha entregue os dados ao PÚBLICO e induziu-nos num erro - pelo qual pedimos desculpa.
Dito tudo isto, como já percebeu, não nos livramos desta triste novela tão cedo. Até porque o Constitucional tem até 1 de Dezembro para notificar os administradores, nas contas do CM.
E outras notícias a reter
A nossa entrevista a Arménio Carlos, com o líder da CGTP a hesitar entre dois ditos populares: "A negociação não pode ser como a obra de Santa Engrácia"; e "Roma e Pavia não se fizeram num dia" - reportando, neste caso, ao tempo que decidiu dar à maioria de esquerda para fazer o seu caminho. Arménio quer que os salários e carreiras sejam descongelados já em 2017; pede respostas rápidas para a degradação dos transportes e avisa que não vai lutar "contra reivindicações que estão a ser cumpridas".
Pressão do outro lado: um estudo da Universidade Católica diz que as PPP nos hospitais de Cascais e Braga pouparam 200 milhões ao Estado. O estudo, convém sublinhar, foi pedido pelos privados - e tenta contrabalançar outro que dizia nada terem poupado. O Governo ainda não decidiu o que faz aos contratos.
E mais umaas grandes empresas podem evitar o novo imposto sobre o património, diz o Negócios, alertando que já nem é garantido que ele se aplique aos grandes grupos que não têm concorrência externa.
Na banca, uma notícia que soa a déjà vuas ofertas pelo Novo Banco ainda podem ser melhoradas. Ou até casar, acrescenta o Negócios. O jornal i diz que o Governo quer o processo finalizado até ao fim do ano.
Olhando para 2017, o JN e DN fizeram contas que lhe podem ser úteis: o calendário aponta para seis pontes e cinco fins-de-semana alargados. A indústria é já faz contas à perda de produtividade.
Deixo-lhe ainda mais dois trabalhos do PÚBLICO de hoje, que julgo merecerem o seu interesse: 
Hoje acontece
O Eurogrupo reúne-se, com a Grécia outra vez em cima da mesa - mas a banca europeia também.
O Orçamento começa a ser visto à lupa, com o início da discussão na especialidade. Acresce que hoje Bruxelas decide se manda ou não o orçamento de volta para Lisboa, pedindo ao Governo que o melhore. O mais provável, diz o Negócios, é que não.
Começa a Web Summit, em Lisboa. Já lhe contámos como a cimeira tecnológica vai funcionar (cinco minutos, ali, valem uma fortuna); que Lisboa está preparada (ironia: esta é a semana em que promete estar menos caótica). E hoje acrescentamos-lhe esta história: a startup que não queria ir à Web Summit e que saiu de lá com um prémio.

Só mais um minuto 

A Surf Summit, antes da Web Summit, foi onde se juntaram 200 CEOs e investidores das indústrias tecnológicas que querem fazer surf, ter aulas de surf, ouvir palestras sobre surf. Fomos ver como a Ericeira se transformou na meca do surf.
Já viu o que aconteceu à estátua do Arcanjo São Miguel? A escultura portuguesa do século XVIII foi derrubada acidentalmente por um visitante este domingo no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, mas parece que é recuperável. O que inevitavelmente se recuperou foi a polémica sobre a falta de segurança do museu (e bem avisou o director).
E Amadeo voltou ao Porto. A exposição no Museu Soares dos Reis recria uma outra, de há um século, que causou polémica e até fez com que o pintor fosse agredido na rua. A verdade? É que Amadeo Souza-Cardoso se preparou para ela como quem se prepara para a guerra.
Nós por aqui continuamos, não numa guerra, mas numa saborosa batalha para lhe dar a melhor e mais completa informação. Acredite: para nós é um prazer. Ficam os meus desejos de um dia bom, com um daqueles sorrisos nos lábios. 

Até já!


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