terça-feira, 27 de junho de 2017

GREVE DOS TÉCNICOS DE DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICA É INEVITÁVEL

A partir de dia 29 de junho e por tempo indeterminado
GREVE DOS TÉCNICOS DE DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICA É INEVITÁVEL
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“GOLPE DE TEATRO” DO GOVERNO VAI PÔR EM CAUSA SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE
 Apesar de todos os esforços efetuados pelo Sindicato dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica para evitar a greve por tempo indeterminado, a partir de 29 de junho, foram desenvolvidos intensos contactos nos dias subsequentes à manifestação do passado dia 21 de junho, visando dar corpo ao compromisso do Secretário de Estado da Saúde (SES), quanto às garantias formais de aprovação das carreiras, com imediato envio para Conselho de Ministros. Após reunião com o Governo, realizada ontem, percebemos que as “pequenas alterações” que pretendiam efetuar aos textos das carreiras, eram afinal a “grande alteração” de passar as carreiras de três para duas categorias, com todas as implicações ao nível da estrutura hierárquica da carreira, dos concursos e da avaliação do desempenho.
Perante este cenário errático do Governo, sem quaisquer garantias de cumprimento dos acordos já assinados, foi informado o Ministério da Saúde que não existiam condições para qualquer acordo que permitisse cancelar a greve decretada, lamentando-se os prejuízos que os utentes e doentes do SNS irão sofrer, enquanto vítimas de todo este processo surreal.” – Almerindo Rego, Presidente dos STSS
Em face destas propostas do Governo que, pela sua natureza, iriam provocar uma nova negociação e, provavelmente, uma nova publicação em BTE, eternizando assim o processo legislativo, os sindicatos rejeitaram liminarmente as propostas, exigindo o compromisso público e devidamente assinado pelos membros do Governo, com envio imediato para aprovação em Conselho de Ministros. Perante esta posição dos sindicatos, que pressionaram os representantes do Ministério da Saúde a melhor explicitar as razões das suas propostas, verificou-se, entretanto, um “golpe de teatro”: afinal as propostas apresentadas já não eram uma imposição da Sec. Est. do Orçamento mas, pasme-se, da Sec. Est. da Administração e Emprego Público, ou seja a secretaria de estado que tinha acompanhado as negociações ao longo dos últimos três anos, assinando os compromissos negociais com o anterior e o atual Governo!!!!! Em face disto constituiu-se um impasse negocial, sendo-nos afirmado que seriam transmitidas as nossas posições ao Secretário de Estado da Saúde e, portanto, ficaríamos a aguardar novos, ou não, desenvolvimentos.
CERCA DE 10 MIL PROFISSIONAIS EM EXERCÍCIO NOS SERVIÇOS
PÚBLICOS DE SAÚDE QUEREM VER A CARREIRA REGULARIZADA
Com uma taxa de adesão na ordem dos 100%, nos principais hospitais centrais, a Greve dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica paralisou o serviço nacional de saúde, nos dias 21 e 22 de junho. A luta começou com uma manifestação em frente ao Ministério da Saúde e continuará agora por tempo indeterminado. As suas reivindicações continuam a ser a revisão/criação das carreiras que lhes são negadas há 17 anos, mesmo após ter sido fixada a imperatividade desta atualização através da Lei do Orçamento para 2014. No decurso da greve, serão assegurados os serviços mínimos que permitam minorar situações extremas dos utentes e doentes do SNS, nos termos do pré aviso de greve e dos acordos firmados com os serviços de saúde.
Recorde-se que no final do ano passado, os TSDT realizaram uma greve histórica de 15 dias seguidos, com taxas de adesão a rondar os 80% diariamente. Uma luta que ficou para a história destas profissões e que paralisou o SNS – Sistema Nacional de Saúde. Os TSDT são constituídos por 19 profissões e abrangem áreas como as análises clínicas, a radiologia, a fisioterapia, a farmácia, a cardiopneumologia, entre muitas outras, num total de cerca de 10 mil profissionais em exercício nos serviços públicos de saúde. Esta greve afetará assim praticamente todos os serviços de saúde, com especial incidência nos blocos operatórios, altas e internamentos hospitalares, diagnósticos diferenciados em todas as áreas de intervenção clínica, planos terapêuticos em curso, distribuição de medicamentos, prevenção em saúde, etc.

Presidente do Sindicato
Almerindo Rego

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