quinta-feira, 23 de novembro de 2017

CDS questiona tutela sobre suspensão do internamento na Unidade de Alcoologia do Centro

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Os deputados do CDS-PP Isabel Galriça Neto, Teresa Caeiro, Ana Rita Bessa e Filipe Anacoreta Correia questionaram os ministros da Saúde e das Finanças sobre a suspensão do internamento na Unidade de Alcoologia do Centro, por falta de assistentes operacionais.
Na pergunta enviada à tutela, os deputados do CDS-PP querem confirmação do encerramento do internamento na Unidade de Alcoologia do Centro entre dia 22 de Dezembro e 2 de Janeiro, tal como noticiado pelo jornal Público.
Além disso, os deputados querem que os ministros confirmem os pedidos da UAC para contratar novos assistentes operacionais e se esses pedidos têm sido recusados, e se a não autorização para a contratação de pessoal se deve às cativações que o Serviço Nacional de Saúde tem vindo a sofrer.
A terminar, e tendo em conta a especialidade desta Unidade, e os prejuízos para os utentes que o seu encerramento parcial acarreta, os deputados questionam a tutela sobre que medidas vão ser tomadas no sentido de resolver esta situação com a urgência que a mesma impõe.
Na sua edição de dia 22 de novembro, na página 12, o jornal Público publica uma notícia com o título “Alcoologia do Centro suspende internamento por não ter dinheiro para pagar auxiliares [Alcoólicos vão deixar de ser admitidos para internamento já no início do próximo mês. Entre 22 de Dezembro e 2 de Janeiro, serviço fica reduzido às consultas externas]”.
No texto refere-se que “a Unidade de Alcoologia do Centro (UAC), em Coimbra, vai encerrar o serviço de internamento entre 22 de Dezembro e 2 de Janeiro, por não conseguir pagar as horas extraordinárias devidas aos assistentes operacionais”, e citando a coordenadora daquela unidade, “é uma medida extrema, mas não temos forma de manter o serviço aberto com o número de horas extraordinárias que já devemos”.
A coordenadora da UAC disse também ao Público que já tem vindo a alertar a Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) para a “situação de rutura em termos de assistentes operacionais e a resposta é sempre a mesma: não se pode contratar mais ninguém”, explicando que “a solução para manter o serviço a funcionar tem sido recorrer ao trabalho extraordinário dos assistentes operacionais, vulgo auxiliares, mas já lhes devemos tantas horas que a única solução é mandá-los para casa”.
A UAC funciona na dependência da ARSC, sendo especializada no tratamento de pessoas com abuso ou dependência de álcool em regime de ambulatório ou internamento, e contando com 30 camas, seis médicos, quatro assistentes sociais, três psicólogos e 14 enfermeiros.
Ainda de acordo com a coordenadora da Unidade, “a rutura dá-se pela falta dos profissionais mais baratos ao Serviço Nacional de Saúde, os auxiliares”, já que dos seis assistentes operacionais do quadro, dois têm estado de baixa por doença prolongada.
Assim, refere-se ainda, no princípio de Dezembro a UAC deixará de internar os doentes que só teriam alta no final do mês, já que o internamento no serviço está programado durar três semanas, durante as quais os utentes recebem assistência farmacológica, psicoterapêutica e ocupacional, além de terem reuniões com alcoólicos abstinentes.

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