sexta-feira, 3 de maio de 2019

POLITICA | Exonerado chefe de gabinete do secretário de Estado da Proteção Civil

O chefe de gabinete do secretário de Estado da Proteção Civil pediu hoje a exoneração de funções após ter sido constituído arguido, o que foi aceite, anunciou o Ministério da Administração Interna.
“Na sequência da constituição como arguido em processo relativo à sua atividade profissional anterior ao exercício de funções no Gabinete do secretário de Estado da Proteção Civil, o dr. Adelino Gonçalves Mendes pediu a exoneração das funções de chefe do gabinete”, refere uma nota do Ministério. Segundo a mesma nota, “o pedido foi aceite pelo secretário de Estado da Proteção Civil”, José Artur Neves.
Adelino Mendes, professor de geografia, é o homem forte do PS em Pombal e já foi candidato à autarquia local.
Foi adjunto do Governo Civil de Leiria e já teve outra passagem pelo Ministério da Administração Interna.
Teve ligações a empresas como a Ambipombal, que tem negócios com autarquias da região, bem como com a  Somos Ambiente.
O Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) revelou hoje que foram constituídos 19 arguidos (oito pessoas singulares e 11 pessoas coletivas), no âmbito de um inquérito que investiga a prática de crimes de fraude na obtenção de subsídio, fraude fiscal qualificada, branqueamento e falsificação de documento. 
O DCIAP adianta que foram emitidos 26 mandados de busca, encontrando-se em curso diligências em vários locais do país. “Nesta operação participam três magistradas do Ministério Público, duas peritas, inspetoras superiores da Agência para o Desenvolvimento e Coesão, e uma equipa mista da Polícia Judiciária e da Autoridade Tributária – Direção de Serviços de Investigação da Fraude e Ações Especiais”, acrescenta. O DCIAP explica que, “no âmbito do mesmo inquérito, em datas anteriores, haviam já sido realizadas 54 buscas (algumas fora de território nacional) e sido constituídos 52 arguidos (pessoas singulares e coletivas) pelo que, no total, o inquérito tem, neste momento, 73 arguidos”.
“O processo foi declarado de excecional complexidade e encontra-se em segredo de justiça”, refere ainda o DCIAP.

NDC

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