quarta-feira, 29 de julho de 2020

Pandemia já fez desaparecer 181 mil empregos

Os dados do INE referem-se aos meses entre fevereiro e junho. Taxa de desemprego também subiu no primeiro semestre.
A pandemia já fez desaparecer 180,7 mil empregos. Os números são revelados pelo INE esta quarta-feira e refletem a evolução do mercado de trabalho entre fevereiro e junho deste ano.
Em junho de 2020, a estimativa provisória da população empregada, que correspondeu a 4 657,9 mil pessoas, registou um acréscimo ligeiro, de 0,1%, (2,6 mil) em relação ao mês anterior, mas diminuído 3,2% (154,5 mil) relativamente a três meses antes e 3,6% (174,3 mil) por comparação com um ano antes.
A taxa de desemprego no primeiro semestre em Portugal situou-se em 7,0%, mais 1,1 pontos percentuais (p.p) que no mês precedente, mais 0,8 p.p que há três meses e mais 0,4 p.p. que há um ano.
Segundo o INE, em Junho estavam 350,9 mil pessoas desempregadas, ou seja, mais 19,3 mil do que em fevereiro.

Taxa de subutilização dispara e esconde maioria do novo desemprego

O novo indicados do INE, a taxa de subutilização do trabalho, chegou em junho a 15,4%, mais 0,8 p.p. que no mês anterior, mais 3,0 p.p. que há 3 meses e mais 2,4 p.p. que há um ano.
Sem esta taxa, o aumento dos desempregados entre fevereiro e junho não vai além dos 16,3 mil. No entanto, se juntarmos a taxa de subutilização, concluímos que desde fevereiro o país já acumulou 171,2 mil novos desempregados.
Para o aumento mensal desta taxa em junho, ao contrário do que tem vindo a acontecer nos últimos meses, “contribuiu exclusivamente o aumento do número de desempregados e do subemprego de trabalhadores a tempo parcial”, segundo o INE. O número dos inativos à procura de emprego mas não disponíveis para trabalhar e os inativos disponíveis mas que não procuram emprego estão a diminuir.
Esta é a primeira subida mais significativa deste indicador, desde que a pandemia atirou Portugal para a recessão.
O INE diz que a evolução do mercado de trabalho “continua a ser marcada pelo impacto da pandemia COVID-19”. Considerando o período de fevereiro e maio (estimativa definitiva), assistiu-se a uma forte redução do emprego de 3,8%.
RR

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