domingo, 13 de março de 2022

COROAÇÃO DA RAINHA ELIZABETH II

 

A seguir reproduzimos a homenagem que na edição deste mês a revista Catolicismo prestou à Rainha Elizabeth II pelos 70 anos de reinado da primeira monarca britânica a celebrar Jubileu de Platina. Homenagem à qual nos associamos de todo coração.

Plinio Corrêa de Oliveira

Assisti ao filme da coroação da rainha da Inglaterra Elizabeth II em 1953. Sua ascensão ao Trono ocorreu em 1952, mas foi coroada no ano seguinte. Uma verdadeira maravilha a cerimônia da coroação! Uma filmagem lindíssima!

Na nave da Abadia de Westminster, em Londres, o clero anglicano com paramentos vagamente parecidos com os da Igreja Católica e os nobres nas tribunas especiais. Todos os monarcas presentes portavam condecorações próprias aos seus títulos de nobreza. Bem em frente ao altar, o trono no qual se sentaria a nova rainha. À direita e à esquerda, os assentos para os membros da casa real inglesa. Presentes também muitos membros das casas reais de outros países. Uma cena belíssima!

O número de pessoas do povo que assistiu à cerimônia foi muito grande. Uma parte dentro da própria catedral, que é imensa, outra do lado de fora vendo o longo cortejo da rainha que se deslocava desde o palácio de Buckingham até Westminster. Essa multidão assistia também à passagem de todas as personalidades em suas carruagens tradicionais douradas, com pinturas, com janelas de cristal, com plumas, com lacaios usando chapéus de três bicos etc. Toda a nobreza desfilava, príncipes europeus com os seus belíssimos uniformes, mas também marajás, sultões, a rainha de Tonga, potentados do mundo ainda misterioso do Oriente. O império britânico estava ali representado na sua plenitude.

Nesse cortejo passavam homens eminentes — por exemplo, Churchill — que tinham salvado a Inglaterra durante a guerra. Também as corporações de mutilados de guerra. O público manifestava um entusiasmo enorme.

Para que tudo isto? — Para ungir, para recobrir com o azeite da compreensão e da admiração as relações entre a rainha e o povo. Mas também para a rainha ver seu povo entusiasmado que a saudava e aplaudia. Em tudo transparecia que o principal fundamento das boas relações é o recíproco amor. Nesse mútuo entendimento as instituições tornam-se sólidas, o reinado permanece íntegro. Não apenas nos grandes dias, como naqueles da coroação, mas na vida quotidiana. Um reinado deve ser como que uma coroação contínua.

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Excertos da conferência proferida pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em 28 de julho de 1993. Esta transcrição não passou pela revisão do autor.

ABIM

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